Versão inédita da última obra-prima do malogrado compositor inglês, na visão do encenador Peter Sellars.
Henry Purcell morreu em 1695, deixando inacabada a ópera “The Indian Queen”. O irmão, Daniel, completou apressadamente e com pouca inspiração a rica, visionária e transcendental partitura do grande compositor inglês. Alguns séculos depois, o encenador norte-americano Peter Sellars imaginou uma versão nova e inédita da última obra-prima de Purcell, incluindo algumas das canções mais brilhantes de Purcell, com um novo libreto adaptado de “La Niña Blanca y los Pajaros sin Tortas” da romancista nicaraguense Rosario Aguilar.
O libreto original, de John Dryden, situava-se nas cortes de Lima e do México antes da invasão espanhola, revelando como uma história de amor impossível entre a rainha dos astecas e o general dos incas provocaria um conflito imaginário entre os dois povos.
A visão de Peter Sellars é mais política, o encenador entrelaça música, dança, literatura, teatro e artes visuais para descrever o primeiro contacto entre os europeus e os Maias do Novo Mundo, uma narração pessoal e coral da Conquista através da vida de duas mulheres que criaram uma nova cultura.