O quarteto lisboeta Paus apresenta o seu quarto disco – Madeira -, inspirado nas cores e gentes do arquipélago.
Hélio Morais (bateria/voz), Fábio Jevelim (sintetizadores/voz), Joaquim Albergaria (bateria/voz) e Makoto Yagyu (baixo/voz) formam a banda. As ferramentas do seu ofício são um baixo, teclados e uma bateria siamesa.
As suas canções nunca foram bem canções, sempre foram vontades de estar em sítios estranhos, desafiantes, com cor e horizontes largos. Quem tenta o habitual rótulo tropeça na mescla de rock experimental, pop clássica e influencias afrobeat.
O novo álbum é resultado de uma viagem ao arquipélago da Madeira, em Setembro de 2017, que lhes serviu de inspiração para um disco que começaram a preparar em Julho de 2018. Nove canções e vídeos que refletem o enamoramento pelas cores e pelas pessoas da ilha e dos seus ilhéus, e onde se pode ver e ouvir o grupo sempre em viagem e sempre em casa.
Os Paus são hoje o que sempre foram, uma banda à procura… e Madeira (cuja edição engloba um vinil e um vídeodisco) é um postal da felicidade que a banda sente na incerteza.
«As letras surgiram quando tivemos consciência que vínhamos. Começa a aparecer esta noção de ilha, de insularidade aberta. Parece que os madeirenses são de uma ilha, mas não olham só para dentro. É um movimento centrífugo. Ou seja: ´Quem é que chega? Quem é que pode absorver? Onde é que podemos ir para depois voltar?’ Que é um pouco a perspectiva do português de hoje – está a mudar. Para absorver, incorporar, tornar seu, mas nunca renegar. É uma insularidade completamente diferente de uns ingleses ou de uns açorianos que são um pouco mais fechados.» Quim Albergaria, PAUS