Portugal e a cidade de Lisboa preparam-se para receber um dos maiores eventos de sempre realizados neste país, o Eurovision Song Contest. Com os ensaios, as semifinais e a Grande Final a decorrer na Altice Arena, a energia contagiante da Eurovisão ultrapassa o Parque das Nações e estende-se a outros locais na cidade de Lisboa com o Eurovision Village no Terreiro do Paço de 4 a 12 de maio, que vai estar de portas abertas das 10h00 às 00h00. A entrada é gratuita mas sujeita à capacidade do recinto.
O objetivo é envolver a população da cidade e os turistas criando uma programação paralela à do Festival da Eurovisão, com a criação de um espaço de entretenimento no centro histórico da capital portuguesa. O Eurovision Village é programado e gerido em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa.
Este espaço abre este fim-de-semana com duas noites para dançar. Na sexta-feira, dia 4, estarão ali os Beatbombers e, no sábado, o espetáculo inédito Lisboa Open House, criado por Moullinex continua a festa.
Beatbombers
Após a remix de “Verdes Anos” ser escolhida para banda sonora do anúncio oficial do Festival Eurovisão da Canção a que se seguiu o convite para atuarem na final do evento, dia 12 de Maio, na Altice Arena, os Beatbombers foram convidados a abrir as celebrações do concurso a 4 de Maio na Eurovision Village, no Terreiro do Paço.
A performance dos Beatbombers na final, que será transmitida para milhões de espectadores, decorrerá durante o já tradicional desfile das bandeiras. Será apresentado um medley, com material original e alguns temas inéditos, criado propositadamente para o Festival Eurovisão da Canção.
Para a inauguração da Eurovision Village, na Praça do Comércio, está agendado uma atuação da dupla de bicampeões mundiais de scratch, percorrendo as várias sonoridades electrónicas e hip hop pelas quais são conhecidos e contará com a já habitual forte componente visual, transmitida nos ecrãs gigantes instalados no Terreiro do Paço para a ocasião.
Lisboa Open House
Moullinex reúne num só espectáculo músicos, DJs, bailarinos, artistas visuais e performers que celebram esta Lisboa contemporânea, plural, virada para o mundo, e sobretudo dançante. Lisboa é uma “casa aberta” a todos os que a queiram visitar ou nela viver e, claro, a sua vida noturna não é exceção. Desde a rebelião sedenta e fervorosa da geração pós 25 de Abril, passando pelo apogeu da movida que nasce no Bairro Alto, até à fusão cosmopolita e multicultural do Cais do Sodré e sem esquecer um sem fim de festas nómadas e movimentos que reinventam a cidade numa manifesta e evidente missão de contracultura… Lisboa é, mais do que sempre, plural. Uma grande “casa” onde há muitos quartos mas não existem divisões. Todos cabem e têm espaço para existir, conviver e conspirar. Nas últimas três décadas as pistas de dança da capital foram um melting pot único em circunstâncias socioculturais irrepetíveis. Desta casa, onde o local e global poucas vezes são passíveis de dissociar, surgem “tribos” intemporais que apesar das diferenças se juntam debaixo dos mesmos tetos. Em Lisboa partilhamos espaços, criadores e públicos porque na verdade somos “pequenos” demais para nos fecharmos. Existe uma promiscuidade entre as várias “famílias” da cena Lisboeta que é sem dúvida alguma catalisadora de fusões e sinergias tanto de produtores e DJs como de públicos e espaços noturnos. Nascida na revolução a club culture de Lisboa é das mais democráticas da Europa e cada vez mais se esbatem as fronteiras entre os vários nichos que podiam ainda existir. E assim nasce este espetáculo que não é de todo uma homenagem, mas sim uma celebração coletiva envolvendo muitos dos principais agentes e atores nacionais desta incrível história de afirmação, inclusão e disrupção através do escapismo, da dança, da moda, da música, da arte e acima de tudo amor. Cabe a Moullinex o papel de anfitrião e de contador de histórias, mas serão variados os músicos, DJs, bailarinos, artistas visuais e performers convidados. Um elenco de luxo e obviamente secreto que será revelado ao público com todo o aparato, cor, glitter, luzes, fumo e “jogos de espelhos” que a ocasião exige.
Tópicos: Eurovision Village, Lisboa