Moullinex reúne num só espectáculo músicos, DJs, bailarinos, artistas visuais e performers que celebram esta Lisboa contemporânea, plural, virada para o mundo, e sobretudo dançante.
Lisboa é uma “casa aberta” a todos os que a queiram visitar ou nela viver e, claro, a sua vida noturna não é exceção. Desde a rebelião sedenta e fervorosa da geração pós 25 de Abril, passando pelo apogeu da movida que nasce no Bairro Alto, até à fusão cosmopolita e multicultural do Cais do Sodré e sem esquecer um sem fim de festas nómadas e movimentos que reinventam a cidade numa manifesta e evidente missão de contracultura… Lisboa é, mais do que sempre, plural. Uma grande “casa” onde há muitos quartos mas não existem divisões. Todos cabem e têm espaço para existir, conviver e conspirar.
Nas últimas três décadas as pistas de dança da capital foram um melting pot único em circunstâncias socioculturais irrepetíveis. Desta casa, onde o local e global poucas vezes são passíveis de dissociar, surgem “tribos” intemporais que apesar das diferenças se juntam debaixo dos mesmos tetos. Em Lisboa partilhamos espaços, criadores e públicos porque na verdade somos “pequenos” demais para nos fecharmos. Existe uma promiscuidade entre as várias “famílias” da cena Lisboeta que é sem dúvida alguma catalisadora de fusões e sinergias tanto de produtores e DJs como de públicos e espaços noturnos.
Nascida na revolução a club culture de Lisboa é das mais democráticas da Europa e cada vez mais se esbatem as fronteiras entre os vários nichos que podiam ainda existir. E assim nasce este espetáculo que não é de todo uma homenagem, mas sim uma celebração coletiva envolvendo muitos dos principais agentes e atores nacionais desta incrível história de afirmação, inclusão e disrupção através do escapismo, da dança, da moda, da música, da arte e acima de tudo amor.
Cabe a Moullinex o papel de anfitrião e de contador de histórias, mas serão variados os músicos, DJs, bailarinos, artistas visuais e performers convidados. Um elenco de luxo e obviamente secreto que será revelado ao público com todo o aparato, cor, glitter, luzes, fumo e “jogos de espelhos” que a ocasião exige.
Tópicos: Diário de Bordo, Eurovision Village