Entidade de composição geográfica variável ao longo do tempo, iniciada simbolicamente pela armada do primeiro vice-rei Francisco de Almeida, em 1505 e consolidada pela conquista de Goa, em 1510, por Afonso de Albuquerque. Na sua máxima extensão, o Estado da Índia incluiu desde territórios na costa leste africana até Macau passando pelo Golfo Pérsico, pelo subcontinente indiano, península da Malásia e Timor. No final do século XIX, o Estado da Índia era composto pelos territórios de Goa, Damão e Diu e os enclaves de Dadra e Nagar-Aveli. Estes últimos foram tomados pela União Indiana em 1954, que ocupou os restantes territórios em 18 de Dezembro de 1961. A sua soberania viria a ser reconhecida por Portugal em 1974.
Os portugueses instalaram-se em Macau, entreposto comercial, na década de 1550, tendo a sua primeira forma de governo sido o município, estabelecido em 1583.
Obteve governo autónomo em 1844, a que se seguiu a implementação de uma administração colonial efetiva pelo governador Ferreira do Amaral. Apenas em 1887 a China reconheceu a plena soberania portuguesa sobre o território. Em 1975, não desejando a China assumir o seu governo imediato, Macau é designada “território chinês sob administração portuguesa”, ocorrendo a transição da soberania em 1999.
Em 1498, Vasco da Gama aporta na costa do actual território moçambicano. A presença portuguesa, sobretudo costeira, foi dotada de governo autónomo em 1763. O tratado de Agosto de 1891 com a Inglaterra, no rescaldo do Ultimato, define praticamente as suas fronteiras actuais.
Entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX, parte do seu território é explorada por grandes companhias concessionárias. Palco de guerra desde 1964, aberta pela FRELIMO, o país alcançou a independência a 25 de Junho de 1975.
Diogo Cão alcançou o atual território na sua expedição de 1482-1483. Em 1491, começaram os contactos portugueses com o reino do Congo. Os focos de presença portuguesa foram, por muito tempo, Luanda e Benguela, territórios vocacionados para o fornecimento de mão-de-obra escrava para a economia brasileira.
Ainda que as fronteiras estejam praticamente definidas em 1891, o processo da sua fixação dura até 1926, quando é assinado um tratado com a União Sul-Africana.
A guerra de libertação contra Portugal rebentou em 1961, movida em três frentes pela FNLA, o MPLA e a UNITA. Angola tornou-se independente a 11 de Novembro de 1975.
Foi por volta de 1515 que os portugueses chegaram a Timor, em busca de sândalo. Apenas em 1894 o seu governo é definitivamente autonomizado, tendo então início uma administração colonial de tipo moderno. O actual território assumiu a sua configuração definitiva em 1914.
Tendo a revolução de 1974 dado início a um processo de descolonização indefinido, este viria ser interrompido pela invasão pela Indonésia a 7 de Dezembro de 1975.
As duas ilhas foram descobertas no ano de 1470, constituindo uma mesma unidade administrativa a partir de 1753. Sob a sua dependência, encontrava-se São João Baptista de Ajudá, pequena fortaleza na costa do Daomé, fundada em 1721 e tomada por esse país (actual Benim) em Agosto de 1961. São Tomé e Príncipe tornar-se-ia independente em 12 de Julho de 1975.
As primeiras ilhas do arquipélago de Cabo Verde foram descobertas por volta de 1456, iniciando-se alguns anos depois o povoamento da ilha de Santiago, com grande substrato de mão-de-obra escrava.
O governo das ilhas foi unificado no final do século XVI, perdendo, em 1879, jurisdição sobre a Guiné.
Não tendo sido afetado pela guerra colonial, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde lutava também pela sua independência e foi sob a égide deste partido que a alcançou, a 5 de Julho de 1975.
Os primeiros contactos dos portugueses com o território datam da década de 1440, tendo sido a primeira fortificação – Cacheu – fundada em 1588.
Com uma presença portuguesa pouco expressiva ao longo do tempo, só em 1879 o governo da Guiné é autonomizado do de Cabo Verde, como parte de um esforço de ocupação do território. Será a convenção luso-francesa de 1886 a consolidar o domínio português no território, completada por campanhas de ocupação que se estenderão até 1915.
A guerra movida pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) contra a presença portuguesa começa em Janeiro de 1963. Em 24 de Setembro de 1973, o PAIGC declara unilateralmente a independência, reconhecida por Portugal no ano seguinte.
Fortaleza estabelecida em 1721 como feitoria em Ouidah, na costa do Benim, território frequentado pelos portugueses desde o fim do século XV. Sendo Ouidah o maior porto negreiro daquela costa, a feitoria permitiu aos portugueses participarem no tráfico de escravos da região, tendo perdido importância com a sua abolição. Na época contemporânea, tornou-se dependente do governo da colónia de São Tomé e Príncipe. Foi tomada pelo então Daomé em 1961, tendo o governo português ordenado ao último residente que a incendiasse ao abandoná-la.