H.I.V.. Foi com esta sigla que Gonçalo Morais Leitão, o criador do
Filho da Pub, iniciou a masterclass. Humor. Irreverência. Verdade.
A chave para a eficácia por detrás de uma mente criativa. Talvez, por
isso, tenha sido uma das mais dinâmicas e eficazes masterclasses.
Começou por nos falar do processo criativo e do “terror” da folha em branco, um tema já bastante abordado na academia. E, pela primeira vez, alguém apresentou-nos soluções para combater o famoso bloqueio criativo ou “branca”, começando por ir dar uma volta a pé, mudando drasticamente os hábitos alimentares ou mesmo alterando o método que utilizamos para anotar qualquer coisa que seja. Tudo menos praia!!
Falou-nos também do poder de síntese – “Se tens tempo para escrever, escreve pouco.” e da forma como devemos ou não apresentar uma ideia a alguém. Mas, acima disso, fez-nos compreender a importância do “subject” numa caixa de correio electrónico. Alinha que separa um “delete” de um “click” é demasiado ténue para que não nos esforcemos o suficiente para nos destacar. Como dizia Gonçalo, “Não há uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão.”.
E nada melhor que um bom exercício criativo para nos pôr a sair da caixa. Melhor ainda, se este for à volta de uma colher de pau. Os termos que ele usava eram engraçados e ficavam na cabeça. K.I.S.S. para “keep it simple and stupid”; “Toca e foge” como um bom método e dar espaço ao espectador para imaginar, já que a previsibilidade é a “morte do artista”. Estes e outros tantos que fomos assimilando, assim como uma das palavras mais importantes que o Gonçalo destacou, senão a mais importante, “VERDADE”. Por mais criativo e irreverente que sejas, tens de te manter fiel a ti próprio, ser genuíno. E com isto termino, deixando aqui a frase que melhor ilustra este conceito e que ficou em “reverb” no meu cérebro: “Ser criativo não é ser palhaço. É ser original, fresco.”
Joana Nicolau, academista