Existem várias plantas espontâneas em Portugal com potencial para serem utilizadas nos nossos jardins, pelas suas características ornamentais, curiosidades, usos e costumes.
O azevinho é um exemplo dessas plantas e também é conhecido como xardo, zebro, visqueiro ou pica-folha. É um arbusto ou árvore de copa densa e muito ramificada, de folha persistente e pode viver mais de 300 anos. Uma espécie dioica, já que apresenta indivíduos masculinos e femininos em exemplares distintos.
Apenas as fêmeas produzem os maravilhosos frutos vermelhos, que são carnudos, pequenos, tóxicos, globosos, com 4-5 sementes no seu interior. As folhas vão perdendo os espinhos, à medida que a árvore vai envelhecendo.
Propaga-se por semente, sendo que estas podem demorar 2 anos a germinar. Também pode ser propagado por estacaria.
É comum encontrarmos o azevinho nas Serras do Larouco, Barroso, Padrela, Alvão, Marão, Montemuro, Lapa, Monchique, entre outras regiões florestais. Porém, e devido à recolha intensa das plantas femininas desta espécie, impedindo-a de se reproduzir e colocando-a, consequentemente, na lista das plantas em vias de extinção.
O arranque, o corte total ou parcial, o transporte e a venda do azevinho espontâneo é proibido por lei em Portugal desde 1989.