Roupa que muda de cor com o som
No sentido de sensibilizar o público para o ruído, a Universidade de Braga criou um objeto em que o som, a luz e o movimento interagem de uma forma dinâmica. Variando entre três cores (as cores dos mapas de ruído) consoante os níveis de pressão sonora, a luz aparece como forma de expressão visual do nível de ruído.
A ideia de uma manifestação visual do ruído nasce da hipótese de que é mais difícil ignorarmos aquilo que vemos do que aquilo que ouvimos. Abstraímo-nos facilmente dos sons que nos envolvem, mas dificilmente nos desligamos das imagens com que nos confrontamos – um rosto bonito; flores desenhando a paisagem; uma figura absurda, ridícula.
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Hertz – vestido performativo interativo
O projeto Hertz pretendeu investigar as relações entre o corpo, o ruído sonoro, a tecnologia e a moda, em diálogo com a dança performática como forma de interagir e interpretar, através da intensidade do som, o movimento corpóreo do ator revestido de segunda pele têxtil interativo, as sensações e sentimentos captados pelo corpo no seu cotidiano.
A engenharia do têxtil interativo estruturou-se numa peça de vestuário para teatro, a qual se reveste com recursos tecnológicos em seu interior, propondo um manifesto de visualidade artística, encenando o mapeamento das zonas de vibração do corpo em detrimento da frequência acústica sonora.
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Fato sem fios tecnológico – roupa que monitoriza atletas
A Universidade do Minho está a criar um fato sem fios que permitirá aos nadadores de alta competição avaliar, em tempo real, os diversos parâmetros biométricos e de desempenho dos atletas. Segundo o coordenador do projecto, André Catarino, investigador do Centro de Ciência de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho, o equipamento poderá posteriormente ser aplicado noutros desportos e áreas, desde a saúde ao lazer.
O fato é composto por sensores electrónicos e têxteis integrados, sendo os dados enviados por um sistema sem fios para análise em tempo real. Os cerca de vinte sensores serão colocados em zonas estratégicas, para se analisar parâmetros biomecânicos, fisiológicos e de desempenho do nadador, como ritmo cardíaco, actividade muscular, acelerações dos membros, pressão palmar, temperatura timpânica, frequência respiratória e a posição do nadador.
O grupo de investigação tem em mãos possibilidades de desenvolvimentos, como melhoramentos na comunicação sem fios, aumento do número de sensores, desenvolvimento de novos sensores têxteis e aperfeiçoamento do fato de natação, com a inclusão de novos materiais.