Tem 24 anos, é pugilista de alta competição, estuda Criminologia na UP (está a tirar o mestrado) e quer entrar na PJ.
Juliana pertence ainda à JSD, a um grupo de teatro e aos Jovens Sem Fronteiras.
Juliana Rocha, 24 anos, é a menina prodígio do boxe português e não se sente “minimamente arrependida”, muito menos discriminada, por ter entrado num mundo que é dominado pelo sexo masculino. As pessoas com quem se cruza mostram-se admiradas pelo facto de Juliana ser pugilista. Mas a verdade é que há cada vez mais mulheres a enveredar por este caminho.
A sua paixão pela modalidade é tão grande que até já contagiou algumas amigas da faculdade, “muito curiosas” com o fenómeno. Tanto que a jovem de Fiães, concelho de Santa Maria da Feira, já se assume, em tom de brincadeira, como “a personal trainer” das colegas. Desporto perdeu o tabu de violento e hoje é procurado para perda de peso.
Rumo a Londres
Foi o pai, grande adepto dos desportos de combate, que incutiu o gosto por estes desportos na jovem pugilista. Juliana Rocha começou aos cincos anos e, até aos 14, passou pelo karaté e kickboxing. Só depois entrou no boxe e, ao fim de seis anos, conseguiu quatro títulos nacionais consecutivos.
São já muitas conquistas, mas mesmo assim Juliana Rocha não acredita na facilidade da sua missão. Actualmente, treina duas vezes por dia, já que persegue o seu principal objectivo, no qual deposita grande esperança: a participação nos Jogos Olímpicos de Londres do próximo Verão.
Para lá chegar, a atleta terá de estar entre as sete primeiras classificadas nos mundiais da China, lá para o final do mês de Maio.