Em Louredo, Vieira do Minho, existia uma espécie de palheiro pequenino a alguns metros de uma praia fluvial. Uma empresa comprou o terreno e tratou de pedir licença à câmara municipal para fazer muros. De muro a muro, criaram 2 casas de luxo que custam quase 2 milhões de euros cada.
Estiveram 5 anos à venda na internet com a designação de que tinham uma praia privada. Em Portugal não há praias privadas. O dono preparava-se para alargar os muros e vedar a praia para que os novos donos tivessem mesmo uma praia privada. Embora o terreno seja dele, a praia é de toda a gente e todos a podem usar. Um grupo de pessoas juntou-se, apelidando-se de “Indignados de Louredo” e levantou a questão. A situação foi exposta a todos os órgãos de comunicação social e a várias entidades do ambiente, assim como questionou a autarquia.
A autarquia já disse que apenas autorizou a construção de muros, mas o certo é que as construções foram feitas de dia. Onde é que andavam os fiscais da câmara?
O dono já disse que foi a imobiliária, sem ele saber, que escreveu “praia privada” na internet e que, mal teve conhecimento, pediu para apagar (o anúncio esteve 5 anos online). As agências do ambiente já mandaram instaurar um processo e dizem que estão a analisar o caso. O dono garante que não ia fechar o acesso à praia, mas a verdade é que os muros que quase lá chegam têm tudo preparado para isso: quadros, instalações de luz… Tudo pronto para fechar o acesso.
O dono foi avisado para legalizar a casa e não o fez. Só quando recebeu uma carta a dizer que a casa teria que ser demolida, porque não foi respondido o pedido de legalização, é que começou a tratar da situação. O certo é que tudo se encontra num impasse!