Magda Gomes Dias traz, no livro “Berra-me Baixo”, um desafio irrecusável: 21 dias, quatro semanas, para deixar de berrar com os filhos. Porque ninguém quer passar os dias a berrar com filhos em zangas, gritaria, castigos e ralhetes constantes.
Mas como deixar de berrar com as crianças? Em três etapas: acalmar, recomeçar e reconectar.
Na primeira semana, os pais tomam consciência dos próprios comportamentos e do que os faz perder a cabeça e gritar. Na segunda semana, exploram a relação com os filhos, tendo em conta três ingredientes: firmeza, mimo e paciência. Na terceira semana, a autora guia os pais num estágio para lidarem com todas as situações que os deixam fora de controlo, e partilha a forma certa de lidar com cada uma delas. Finalmente, na quarta semana, é altura de redescobrir o papel dos pais, agora com mais qualidade de vida e menos gritaria.
O livro inclui casos concretos, conselhos e exercícios práticos, fará com que o leitor deixe de berrar com as crianças e, mais importante ainda, trará uma relação familiar mais harmoniosa e feliz.
Outras informações:
Os berros provocam afastamento. Identificar as situações que o deixam fora de si é o primeiro passo para deixar de gritar com o seu filho. Quanto mais treinar, mais rapidamente chega ao tom em que quer falar.
A culpa de gritarem é dos pais e não dos filhos. A maior parte dos educadores, prossegue, sente-se “culpada e perdida porque não sabe gerir” aquilo que os faz gritar. E quando o fazem, os pais estão a “provocar afastamento: com crianças pequenas a situação só vai piorar, porque ela tende a chorar. Fica com a ideia que é desadequada e que não sabe fazer as coisas.”A longo termo, isso provocará “baixa auto-estima.”
Há uma grande diferença entre ralhar e gritar. “Os pais ralham para corrigir comportamentos. E isso tem de ser feito continuamente.” Mas gritar “é desnecessário”. Ao longo de mais de 150 páginas, Magda Gomes Dias dá algumas dicas para que os pais deixem de berrar com as crianças em 21 dias. Mas o objetivo, esclarece, “não é que deixem de gritar, é que possam ter melhores relações com os filhos.” Além de ser “frustrante” começar a manhã aos berros, “depois dos gritos, as crianças não ouvem o que é dito pelos pais.”