Nós cantores sabemos que o júri será justo certamente, pois consegue avaliar muito além da emoção e da visibilidade que o artista tem perante os portugueses. Por outro lado, o público em casa vai sempre achar “duvidoso” qualquer decisão de um júri só. É como no futebol, existe sempre um lado que duvida da decisão do árbitro (risos), por isso acho que 50/50 acaba por ser justo sim, embora não exista um método perfeito de avaliação.
Rui Drumond é sem dúvida um dos filhos talentosos da RTP. Passou pela 1.ª edição da Operação Triunfo, em 2003, representou Portugal em Kiev em 2005 e ganhou a 2.ª edição do The Voice Portugal em 2014. Pelo caminho, nunca deixou de colaborar com o canal público em concursos, como o Dança Comigo ou A Minha Geração.
A RTP é e sempre foi uma casa que me acarinhou muito neste meu percurso, e tem sim aquele gostinho especial em tudo o que alcanço dentro dela, em cada projecto, em cada vitória. Foram muitos anos, relembro aqui outros além dos mencionados…i o Dança comigo, a Minha Geração, projectos que tive um prazer enorme em participar.
Todos sabemos que o Festival da Canção cada vez mais aposta nos factores “espectáculo”e “imagem”. Acho que por vezes na Eurovisão há boas músicas e bons cantores que não passam porque não dançaram, não tiveram fogo em palco, não treparam paredes… Perde-se um pouco daquilo que realmente interessa mais, a canção, a voz, o sentimento transmitido e a mensagem.
O Héber é uma das grandes revelações entre os jovens compositores, compõe muito bem, sempre com a mensagem bem marcada numa melodia perfeita. Identifico-me muito com este tema, com a energia que transmite. Tem uma mensagem forte e com a qual muitos se poderão identificar, com uma melodia excepcional. É uma canção perfeita.