Para muitos portugueses a voz é a sua principal ferramenta de trabalho, pelo que o correto funcionamento das cordas vocais é fundamental. Os principais grupos de risco são os profissionais da comunicação social, professores, advogados e outras profissões que exigem a utilização excessiva da voz.

De forma a evitar problemas vocais, é importante que estes profissionais reconheçam os sintomas e origens dos problemas vocais que podem interferir com o desempenho profissional.

O rastreio à voz é fundamental para despistar patologias laríngeas, identificar hábitos de mau uso e abuso vocal e obter orientações sobre os cuidados a ter com a voz. É um procedimento simples, que demora cerca de três minutos.

Um dos problemas frequentes da voz é a paralisia das cordas vocais, caracterizada por uma incapacidade no movimento dos músculos responsáveis pelo controlo das cordas vocais e que pode ser causada por doenças cerebrais ou lesões nos nervos que chegam até à laringe. Pode igualmente aparecer após uma cirurgia do pescoço, em especial da glândula tiroide, uma cirurgia do esófago ou cardíaca. Esta condição denomina-se paralisia unilateral ou bilateral da laringe, conforme afeta uma ou as duas cordas vocais, respetivamente.

Os principais sintomas são alterações na voz, como rouquidão ou mudança de tom, mal-estar causado pela tentativa de movimentar as cordas paralisadas e dificuldades na respiração. Nos casos em que ocorre a paralisia de uma só corda vocal, a respiração não fica comprometida, embora a voz se torne rouca e entrecortada.

As pessoas que têm maior risco de sofrer deste problema devem reconhecer facilmente os sintomas, de forma a consultar o especialista atempadamente e obter um diagnóstico precoce, pois só desta forma é possível tratar o problema e evitar que o mesmo interfira com a vida profissional. A paralisia das cordas vocais é um problema grave, uma vez que pode afetar não só a voz mas também a respiração e a deglutição.

Para evitar este problema, é importante que as pessoas evitem bebidas alcoólicas, gaseificadas e com cafeína, bebidas muito quentes ou frias, fumar, falar excessivamente durante quadros gripais ou alérgicos, praticar exercício físico e falar em simultâneo, cantar sem técnica e usar medicamentos, sem prescrição médica, que diminuam a qualidade da voz.

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