O historiador da arte Francisco Lameira, o guia da visita a Olhão, é algarvio e guarda a maneira algarvia de falar. É tão bonito. Era interessante que todos os convidados do Visita Guiada tivessem o sotaque da sua região. Português com o sal da terra de origem de quem o fala. Também é património. A maneira tão igual de falarmos é perda. Perda de memória, perda de laços com os que nos antecederam. A “educação” não tem de igualizar. É tão bom ir ao Alentejo ou aos Açores e ouvir um Português que conta outras histórias. Dentro da história comum, outras histórias.