Eis um episódio que podia dar dois episódios. A explicação do arquiteto Gonçalo Byrne sobre o projeto de reabilitação e restauro do espaço da antiga Igreja de São Julião e do quarteirão adjacente é uma lição exemplar sobre estética e ética. A visita guiada por Sara Brighenti ao Museu do Dinheiro, museu que percorre as zonas laterais do corpo da nave da igreja, é um aperitivo irresistível para o muito que este museu nos oferece. Oferece literalmente, porque as entradas são gratuitas. Eis um projeto que deve orgulhar o Banco de Portugal, o dono do espaço e das obras, e todos os envolvidos: todos os que pensaram e executaram esta mega-operação são portugueses. Foi um critério assumido à partida pelo encomendador. Assim, sim.