O encenador vem do teatro e um dia convidaram-no para fazer ópera.

“A música é a arte universal, mais enigmática, abstrata… que entra no sistema nervoso central.”

Sempre abordou uma peça operática como se estivesse a fazer uma peça de teatro, dedicando-se á narrativa, aos personagens, às intenções, o que autor queria dizer na época, o que quer dizer no momento com essa peça.

“O que eu adoro na ópera é ter uma espécie de ditadura: um tempo, um ritmo, um compasso, uma harmonia, um clima.”

Confessa que não é muito sentimental, mas que para um encenador de ópera tudo é virtual. É como estar num laboratório onde tudo se faz por partes.

“Na ópera define-se o clima que existe no palco mas também o clima interior do personagem. E isso é tão bom…”