Joana: violência doméstica? A mim, nunca

"A violência doméstica pode tornar-se física ou pode ser física logo desde o início mas, garantidamente, é sempre uma violência psicológica muito grande"

Como radialista e repórter, seria de prever que a Joana tivesse conseguido sempre comunicar objetivamente a sua própria história. Mas em casos de violência doméstica – e contra a dureza de apreciação que tantas vezes fazemos – até as pessoas mais empoderadas e capazes se calam.  

O charme e a insistência de um homem “bonito e luminoso” levaram-na a ignorar a sua intuição. Dedicou-se a uma relação abusiva, em que era perseguida, insultada e ameaçada. Mas foi preciso ver o medo nos olhos do filho para expulsar esse homem de sua casa. Isso não foi suficiente para recuperar o poder sobre a sua vida. Com isso veio a vergonha de não conseguir resolver de uma vez por todas o problema e a culpa de não ter percebido a tempo como solucionar o que a constrangia. É isso que fazemos quando nos apressamos a julgar os outros: potenciamos o medo solitário e o desespero. 

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