Três amigas que começam a idade adulta procuram encontrar-se, resolver os problemas clássicos dos millenials e, pelo meio, aprender a ultrapassar as suas mágoas mais profundas ajudando-se umas às outras.
FRÁGIL passa-se entre Lisboa e uma quinta no Norte onde estas três mulheres nos 20’s vão tentar fazer um filme juntas e tomar controlo da sua vida. Se conseguem ou não, iremos ver.
Lisboa está a arder, insuportavelmente quente, os cafés típicos já não têm portugueses, as ruas já só têm turistas cansados e cobertos de suor, não há transito nas auto-estradas. As pequenas casas sem ar condicionado são as mais difíceis de estar no meio de tudo isto.
Conhecemos Maria Miguel num dos seus intermináveis castings para papeis como “Enfermeira 1” numa novela ou “Rapariga Gira” num anuncio de iogurte, na esperança de ter a sua oportunidade e começar uma carreira como actriz, quem sabe, na televisão. Vive com a sua melhor amiga, Francisca, que é pintora mas tem de momento um bloqueio artístico que não lhe permite pintar sem consumir drogas.
O seu mini apartamento, sujo e desarrumado em Santos, é o pequeno paraíso delas. O único sítio onde os problemas desaparecem e onde podem estar em paz, fazer o que quiserem sem serem julgadas. No entanto, a falta de trabalho no meio artístico onde estão, Maria Miguel que não consegue um papel como atriz e Francisca que pelo seu frágil temperamento se despede da Galeria onde trabalha, faz com que não tenham dinheiro para pagar a renda esse mês.
Numa noite bate-lhes à porta Júlio, o senhorio, que avisa que têm até amanhã para pagar os dois meses de renda em atraso ou ficam sem casa. Nisto, vêm-se obrigadas a encontrar um plano e decidem chamar Sofia, a prima afastada de Maria Miguel que vem de Coimbra à procura duma nova vida.
Ao longo da série vemos estas personagens sofrer, a ultrapassar os seus medos e aprender lições sobre a vida com a ajuda umas das outras. Esta comédia ataca as pequenas tragédias da vida.
« O Frágil foi, sem dúvida, o maior processo prático de aprendizagem que já vivi, tanto como realizadora como fazendo parte duma equipa. Processo esse que só foi possível graças ao projecto da RTP Lab que permite a novos criadores desenvolverem a sua escrita, explorarem a estética pessoal de cada um e, mais importante, contarem as suas histórias. Frágil é uma comédia sobre três raparigas em Lisboa, escrito e desenvolvido por mulheres e alguns homens muito sensíveis. Espero que projectos livres como este continuem a abrir portas à ficção e à produção de conteúdos audiovisuais em Portugal.» Filipa Amaro
Frágil, tal como os restantes projetos do RTP Lab, mereceu destaque na mais recente edição da Comic Con Portugal. Depois de um painel onde se pode ver uma das cenas mais marcantes, a repórter Sara Lima falou com as três protagonistas: