As bandas que tens de ver no dia de arranque do Optimus Alive, por Nuno Calado

O Optimus Alive é um dos festivais mais importantes da atualidade nacional, em poucos anos cresceu e ganhou credibilidade dentro e fora de portas. A isso não é alheio por certo o facto de todos os anos a programação ser fortíssima, quer em qualidade quer em quantidade, com um cartaz preenchido de vários nomes de referência nas mais diversas áreas.

Basta fazer um pequeno exercício de memória para pensar em Pearl Jam, The Cure, Radiohead, Grinderman, Afghan Whigs, Alice In Chains, Coldplay, Stooges, Jane’s Addiction, Rage Against The Machine, Gossip, The Kills ou Neil Young.
Este ano, das várias dezenas de artistas que passam por Algés entre 12 e 14 de julho, existem alguns que podem, à primeira vista, saltar mais à vista por serem apostas seguríssimas; curiosamente, os 3 cabeças de cartaz nasceram na chamada “cena alternativa” e hoje são do mais mainstream que existe.

Green Day, Depeche Mode e Kings of Leon são nomes incontornáveis da cultura pop e que fazem com que este seja mais um ano em que a organização quis dar o melhor ao seu público. Para se ter uma ideia estas 3 bandas já davam para pagar um jogador de futebol interessante!
Nenhuma destas bandas é estreante em Portugal e qualquer delas encheria o Pavilhão Atlântico sem grandes problemas.

Sendo estes 3 concertos indispensáveis podemos pensar dia a dia nos outros que serão demasiado importantes para quem paga bilhete não perder e justificar o seu investimento num evento desta dimensão.

No dia 12 de Julho outro dos momentos a não perder são os Vampire Weekend pois a banda de Nova Iorque acabou de editar o seu terceiro disco que tem tido aclamação generalizada tornando Modern Vampires of the City  como um dos discos mais recomendáveis do ano até agora.

O regresso dos Death From Above 1979 à atividade traz sempre a curiosidade de ver se é desta vez que a dupla canadiana traz consigo algum material novo. A banda esteve separada entre 2006 e 2011 e a verdade é que esta reunião trouxe-lhes um hype mais sólido que na primeira fase da sua existência.

Os Two Door Cinema Club são daquelas banda sempre bem dispostas com boas canções que até se tornam populares em diversos anúncios e nem por isso passam a ser irritantes. É uma pop despreocupada e divertida sempre necessária para ganhar ânimo para 3 dias de muita e boa música.

Com pés na eletrónica, embora em ramificações distintas, Steve Aoki, Disclosure e Gold Panda são nomes a ter em conta neste roteiro, bem como os Japandroids que assinaram um dos melhores discos do ano passado ao que mundo alternativo diz respeito.

No meio destas propostas existem pelo menos 2 nomes nacionais que são verdadeiramente imperdíveis: os Dead Combo, que estão a celebrar o seu 10 aniversário – a banda de Tó Trips e Pedro Gonçalves vive o melhor momento da sua carreira depois de terem sido descobertos para o mundo via o programa de culinária de Anthony Bourdain. Com eles descobrimos a Lisboa das palmeiras que se cruza facilmente com o som do deserto seja ele do norte de África ou de um filme de Tarantino; e uma banda que dá os seus primeiros passos, mas que tem uma intensidade incrível – para quem entrar cedo no recinto é de não perder os Ash is a Robot.