As bandas essenciais do último dia de Optimus Alive, por Nuno Calado
4 Jul, 2013
Se os primeiros dois dias do Optimus Alive são fortes, o último é para rebentar com todas as forças que ainda restem! Aqui até se torna difícil escolher que bandas ver e se vamos conseguir ver os concertos inteiros de cada uma delas para não perder as outras que são importantes.
Depois de uma paragem para acertar alguns problemas provocados com demasiado tempo passado em digressões contínuas, os Kings of Leon estão de volta. Esta banda de irmãos e primos tem novo disco Mechanical Bull para ser editado dia 24 de setembro. Já tocaram há cerca de 10 anos em Portugal com o seu primeiro disco no Rock In Rio. Na altura pouca gente lhes ligou pois eram demasiado “alternativos” e frescos para o cardápio, embora a verdade seja que foi uma das mais sólidas atuações desse dia.
Outro dos nomes grandes são os franceses Phoenix. A pop indie vinda destas paragens tem tido sucesso por cá com nomes como os Daft punk ou os Air e os seus discos têm conquistado êxitos uns atrás dos outros. Imperdível são os Tame Impala, grandes responsáveis pelo neo psicadelismo estar na moda e ter tomado de assalto muitas estações de rádio que não conseguiram resistir aos encantos das suas canções. Ao vivo existe ainda um lado visual muito forte que reforça todo este universo.
Outros nomes indispensáveis são os Alt-J que com o seu álbum de estreia conquistaram o Mercury Prize ao fazerem de An Awesome Wave um dos discos mais refrescantes dos últimos tempos aos misturar trip-hop, dubstep e muitas influências de outras paragens como que se as canções fossem feitas não de camadas, mas sim de partes que se colam e acabam por fazer o maior sentido do mundo ao mesmo tempo que se viaja sem sair do lugar. Django Dajngo e Twin Shadow são igualmente repetentes nas visitas ao burgo e é tão importante vê-los como desfrutar de estreante Jake Bugg que foi escolhido com apenas 17 anos pela BBC para atuar no seu palco no festival de Glastonbury de 2011.
Para terminar não poderia deixar de lado quatro propostas das muitas nacionais: os Linda Martini, que são uma das bandas com mais garra em palco que temos por cá e que tem novo disco para ser editado brevemente; o projeto em banda de João Vieira dos X-Wife agora mais virado para a electrónica, os White Haus; os roqueiros Uaninauei e um dos nossos monstros sagrados do turntablism stereossauro que faz parte da dupla campeã do mundo Beatbombers com Dj Ride.
Se o Alive deixou nas suas edições anteriores ótimas recordações e uma grande vontade de voltar no ano seguinte este ano ficará por certo mais uma vez marcado na memória de todos o maior evento de arte e cultura realizado anualmente em Portugal.