Revelado o cartaz do palco NOS Clubbing de 6 de julho

JESSY LANZA, BATIDA, KARLON, NILES MAVIS, WACK, RITA & O REVÓLVER, ANTONIO BASTOS E CARLOS CARDOSO.

 

Rita & O Revólver é a banda que fará a inauguração do NOS Clubbing nesta 11.ª edição.
Atualmente a preparar um EP que antecede o CD de estreia, a banda reúne a voz soul da atriz Rita Cruz, Rui Alves (bateria), Tiago Santos (guitarra), José Moz Carrapa (baixo), João Cardoso (teclados), e Hugo Menezes (percussões). Dos blues de Leadbelly à soul de Marvin Gaye, Curtis Mayfield ao ritmo hipnótico do afro-funk, a banda junta versões e originais em português cujos temas abordam a luta dos povos e das minorias, sempre envolvidos no ritmo do funk, soul e grooves afro- latinos. A mistura é explosiva e a cantiga é uma arma, mas com a Rita & O Revólver também se dança.

Em palco segue-se Wack, o quinteto que junta a musicalidade do jazz, à groove do funk e à força do hip-hop. Wack é uma palavra “hiphopiana” para algo mau ou sem qualidade. Para os Wack, ser Wack é um refúgio para poder criar música sem limites, obrigações ou juízos de valor. São já três os EPs que constroem a carreira deste grupo que junta músicos jazz a artistas hip-hop.

Vencedor dois anos consecutivos do Dance Club Awards na categoria melhor DJ de hip-hop, Niles Mavis, é quem se segue em palco. Desde que descobriu a arte dos pratos e do scratch, já colaborou com nomes como Micro, Bulllet, Dealema, The Legendary Tiger Man, Rodney P, Ruste Juxx, Anthony B, Sam The Kid, Buraka Som Sistema, Balla, Ollea Teeba (Ninja Tune), A-Trak,Dj Carze e Curtis Blow. Já passou por importantes palcos mundiais, esteve em digressão com um dos mais sonantes MCs londrinos Ty e atuou no Coliseu de Lisboa e do Porto com os respeitados gigantes da musica De La Soul. Com muitos projetos a caminho Niles aka Sr. Alfaiate promete não deixar dúvidas que a evolução faz parte da sua vida.

Para apresentar o novo registo de originais sobe a palco o MC Karlon. “Passaporti”, é o novo trabalho do músico e compositor, pioneiro do hip-hop crioulo em Portugal, tendo fundado em 1994 o grupo Nigga Poison (duo formado com Praga). O terceiro trabalho de estúdio leva-o às raízes, juntando os sons cabo-verdianos que ouvia em casa (morna, coladera, funaná) e os beats do rap com que se desenvolveu desde os 12 anos, nas Ruas da Pedreira dos Húngaros. “Passaporti” inclui participações de Chullage, Maria Tavares, Valete, Carlos Martins no Saxofone, Bdjoy nas congas, Scratch a cargo do DJ X-Acto, Ary César na Guitarra e Ary (Blasted Mechanism) nos sintetizadores. A produção de todas as faixas ficou a cargo do Charlie Beats, exceção do tema “Nha rosa” produzido por Igor Santos.

Do Canadá chega Jessy Lanza, produtora e cantora de Hamilton, Ontário. O seu disco de estreia, “Pull My Hair Back”, gravado em parceria com Jeremy Greenspan, dos Junior Boys, foi amplamente elogiado por títulos como The Guardian, Times e Pitchfork. Ao NOS Alive’17 a artista traz o seu mais recente longa-duração, “’Oh No”, editado em 2016. Lanza viu o primeiro single do último trabalho de originais, “’It Means I Love You”, escolhido para “Best New Music” pela Pitchfork. Jessy Lanza já realizou digressões mundiais ao lado de nomes como Cut Copy, Caribou e Junior Boys.

Para não deixar arrefecer a noite sobe a palco Antonio Bastos, músico, compositor e produtor.
Músico desde que nasceu, com forte formação em jazz, percussão, novas tecnologias e clássica, a sua música esteve presente com diferentes formações em alguns dos principais palcos, clubs e eventos a volta do mundo (Espanha, França, Bélgica, Áustria, Itália, Suíça, Turquia, Alemanha, Estados Unidos). Antonio Bastos tem um currículo muito extenso como produtor tendo (também como Johnwaynes) editado pelas mais prestigiadas editoras do mundo. Em concerto, apresenta todas as suas experiências e influências onde as emoções viajam entre a eletrónica intimista, jazz, clássica, música do mundo e o house. Para o NOS Alive’17 Antonio preparou um concerto especial onde convidou o multi-instrumentista Paulo Bastos da música do mundo que vem mostrar que a tradição já não é o que era.

De seguida, Batida. Batida é o nome com que Pedro Coquenão assina o que faz. Nascido no Huambo, em Angola, cresceu nos subúrbios de Lisboa e tem dividido a sua vida entre a produção musical, a rádio e o vídeo. Um dos maiores nomes da atualidade, Batida já pisou os mais importantes palcos mundiais e foi distinguindo pela imprensa internacional como Guardian, XFM ou a BBC1, onde foi apontado como “o disco a ouvir” por Gilles Petterson.  Pedro Coquenão já fez parte da lista para Melhor Artista nos prémios da Revista Songlines e, o seu disco “Dois”, foi nomeado para Melhor Álbum Indie Europeu nos Impala Awards.

Para encerrar da melhor forma esta primeira noite estará nos pratos o curador Carlos Cardoso. O radialista conta com uma carreira essencialmente dedicada a rádios de música. XFM, Antena 3, Voxx e atualmente na Oxigénio, como diretor e coordenador musical, sempre a divulgar as novas coordenadas musicais e acompanhar a cena local. O amor pela música e a necessidade quase compulsiva de partilhar alguns dos seus discos, fazem com que mantenha em paralelo à Rádio, a atividade de DJ. Já tocou em vários festivais de verão, clubes e também lá fora no Canadá, onde viveu alguns anos. Os seus sets revisitam o mundo da música urbana, num espírito fusionista, fora dos habituais roteiros. Está no ar todas as tardes na Oxigénio – 102.6 FM Lisboa e encerra este ano a primeira noite do Palco NOS Clubbing.

 

O alinhamento proposto para o primeiro dia do Palco NOS Clubbing viaja pelas sonoridades vanguardistas do hip-hop, da soul e da eletrónica. Certamente mais razões para não perder o Festival NOS Alive’17.