Da paixão por Sam Smith e Chet Faker à loucura dos Disclosure

Último dia de NOS Alive'15

Último dia de NOS Alive, última chance para selfies, para brindes e para criar memórias.

E que belo começo teve este dia. Uma abertura bem auspiciosa do Palco NOS com os portugueses HMB. Uma festa, do início ao fim, com muito boa onda e alegria em palco. Quando as bandas estão felizes por tocar num palco, quando põem a alma e o coração no que fazem, o resultado é este, bons concertos.

E se os HMB estavam felizes neste crescendo de carreira musical, os Counting Crows vieram nadar um bocado fora das águas deles. Trouxeram os seus bons e festivos clássicos, mas quanto ao resto o público não estava muito para aí virado.

E quem adiou, e bem, a hora de refeição de muitos festivaleiros foram os Dead Combo, no Palco Heineken. Uma banda que é boa à primeira, à segunda ou à décima vez. Experiência não lhes falta e poesia também não; não é preciso palavras quando as guitarras tocam assim.

O sol a pôr-se, a noite a cair e o menino bonito de milhares de jovens no recinto chegava. O tão aguardado Sam Smith fazia a sua aparição, de camisa aos padrões e coração cheio de sentimentos para partilhar. E partilha foi mesmo a palavra: partilha de amor no público ao som de grandes êxitos românticos do cantor, partilha do próprio Sam Smith que falou sobre o seu recente desgosto de amor com outro rapaz e uma enorme partilha nas redes sociais. Um concerto cheio de amor e abraços.

Uma nota bem menos romântica para Azealia Banks, mas não menos positiva. Como seria de esperar, partiu a loiça toda do Palco Heineken; irrequieta, vestida a rigor e cheia de energia – uma confirmação.

Casa cheia, mais uma vez, também para Chet Faker. O homem que esgota coliseus como quem troca de camisa tornou-se um sucesso arrebatador na faixa etária dos 14 aos 18 anos e teve um crescendo de popularidade impressionante, no espaço de um ano, quando tocou no palco Heineken. Música a pedir mais um NOS Primavera do que um NOS Alive, a pedir mais um final de tarde do que uma noite, mas que fica, sem dúvida nas memórias dos melhores concertos do Alive deste ano.

O Palco Comédia teve um dos seus dias mais cheios, a abarrotar de gente do início ao fim. Esteve bem recheado e com algumas boas surpresas: Daniel Carapeto e Jorge Mocinho são nomes a apontar para ver mais tarde. Última nota para Rui Unas que esgotou com E grande o palco comédia; o público foi aderindo ao lado mais musical do humorista português e “Margem Sul”, claro, não podia faltar.