Com 23 anos de uma vida nómada, Tainá aterrou em Portugal, vinda do Brasil natal, onde cresceu e estudou música trabalhando na escola para pagar o seu curso. A viver em Lisboa passeava um dia pelas ruas quando se juntou espontaneamente a uma jam de um grupo de músicos e foi desafiada a cantar “Corcovado”, de Tom Jobim. No final soube que se tratava da banda de Erlend Øye, dos Kings of Convenience, que no dia seguinte atuava a solo no Capitólio. Convidada a assistir ao concerto, Tainá cantava à porta da sala quando Erlend Øye a ouviu e se lhe juntou: impressionado, propôs-lhe atuar nos seus dois concertos seguintes em Portugal. Estes e outros factos transformam-se em histórias fascinantes quando relatados por Tainá, contadora, cantora e compositora, que no seu disco de estreia, editado em 2019, começou a construir um legado musical e lírico capaz de unir os dois lados do Atlântico. Depois de atuar em alguns dos maiores festivais de verão em 2019, preparava-se para uma digressão de salas, que a levaria aos mais diversos palcos de norte a sul do país. Com a eclosão da pandemia as apresentações ao vivo ficaram adiadas mas nem por isso Tainá baixou os braços, laçando os vídeos dos dois singles que preparara para a primavera de 2020, “Caminho” e “Senti”.