Helder Moutinho nasceu em Oeiras, em 1969 e tanto o mar como o Fado estiveram sempre presentes na sua vida. No final da adolescência, depois de também se identificar com outros estilos musicais, o Fado começou a ganhar uma importância cada vez maior. Começou a cantar no Nónó, no Bairro Alto, em 1994, ano em que participa no Ciclo de Fados da Mãe d’Água no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura e integrou o elenco da Taverna do Embuçado. A “vontade de fazer acontecer” levou-o à produção e ao management, primeiro na HM Música e agora na MWF – Music Without Frontiers. E o seu nome está intimamente ligado ao nascimento de algumas das Noites de Fado mais emblemáticas de Lisboa, da abertura da Mesa de Frades em 2003 até à mais recente recuperação da mítica Casa da Severa na Rua do Capelão. Desde a sua estreia discográfica em 1999 com o álbum “Sete Fados e Alguns Cantos”, editou mais quatro discos: “Luz de Lisboa” (2004), que lhe valeu o Prémio Amália Rodrigues, “Que Fado É Este Que Trago” (2008), “1987” (2013) e o recente, editado em 2016, “O Manual do Coração”. Em 2018 recebeu o Prémio Prestígio na 2ª Gala do Fado da Voz do Operário, em Lisboa.