O Coliseu Comendador Rondão Almeida recebeu a equipa da RTP a meio da semana, com o palco a ocupar grande parte da sala, do chão até à cúpula. Na paisagem, inúmeros ecrãs mostram em loop as cores escolhidas pela equipa de grafismo liderada por Jorge Peres: rosa, roxo, azul e verde-água. A emoldurar o palco, doze colunas, encimadas por robôs de luz, que são elas também ecrãs de LED.

Hoje, o ensaio começou ainda com a luz natural a entrar no Coliseu e respeitando a ordem de atuação escolhida pela RTP – considerando a dinâmica e fluidez do espetáculo.

O primeiro a ensaiar foi Filipe Sambado : Gerbera Amarela do Sul. O intérprete mantém o trono e o coro, que desta vez parece ladeá-lo com mais solenidade. Vantagem do palco, que é agora maior e abre espaço a esse protagonismo. Será que vai manter a mesma indumentária? Só à noite teremos ensaio com a roupa de cena.

Depois foi a vez de Jimmy P : Abensonhado. Mantém as mesmas marcações da semifinal, com o coro de Gospel Collective a recriar a mesma coreografia.

Tomás Luzia é o mais novo em competição, mas o aumento do palco não parece intimidar o intérprete de 17 anos. No ensaio de Mais Real que o Amor, há até uma nova e mais natural interação com a steady-cam, que o acompanha num dos refrões.

Elisa Rodrigues : Não Voltes Mais. Voltou e trouxe consigo o coro da RTP que a acompanhou também na semifinal. É consistente na voz e na atuação e no final merece sempre um aplauso da equipa.

Os Throes + The Shine são bem dispostos e animam os presentes com Movimento… mas não vieram para brincar. Ensaiam como se estivessem a atuar, apostam na interação entre todos os membros do grupo e não parecem cansar-se.

A equipa da Kady : Diz Só traz boa energia para o palco, alguma leveza até na equipa que a acompanha. O coro que a acompanha em palco não se dispersa do tempo nem do tom e alia a isso a coreografia que já conhecemos. Tudo certo.

Elisa sobe ao palco a seguir : Medo de Sentir. O tema é assinado por Marta Carvalho; não é de admirar que a autora apareça agora a acompanhar Elisa no palco, sentada ao piano e servindo também como segunda voz. O coro continua em palco. Será esta a força que a intérprete precisava em palco?

A última a ensaiar é Bárbara Tinoco : Passe-partout. Os bailarinos ensaiam como se fosse a atuação final, Bárbara acompanha os passos e canta com a voz que lhe é tão característica, apenas Tiago Nacarato está ausente. O candeeiro lá está, ao lado das colunas de LED, conferindo um ar vintage a todo este ambiente mais futurista.

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Não há, portanto, grandes alterações a assinalar nesta transposição das performances das semifinais para a final. O palco é majestoso, aqui tão perto, decerto que em televisão ficará ainda mais surpreendente, com o público na plateia e nos dois anéis do Coliseu Comendador Rondão Almeida a passarem boas energias e verdadeiro gosto pela música portuguesa.

Mas o ensaio ainda não acabou!

Os interval acts deste ano incluem a mestria de Samuel Úria, acompanhado por Alex d’Alva Teixeira, Joana Espadinha, NBC e Surma numa celebração do boom do rock português. E há ainda Conan Osiris, com o fiel companheiro João Moreira, para fechar o ciclo e passar o testemunho ao novo vencedor. Mas isso só acontecerá amanhã, já perto da meia-noite. Hoje não vos contamos sobre estas atuações; não gostamos de estragar surpresas!

Amanhã há mais ensaios.

Sábado, dia 7 de março 2020, arranca então a Grande Final do Festival da Canção, com o pré-show marcado para as 20h50. O espetáculo propriamente dito arranca pouco depois. É sentarem-se a ver! E a comentar tudo com #festivaldacancao.