Hélder Reis será, a par com Nuno Galopim, comentador do Junior Eurovision Song Contest. Fã confesso da edição dos crescidos, o repórter não esconde a alegria de participar desta forma no evento que escolhe a melhor voz infanto-juvenil.  

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Para além de o vermos como figura pública na RTP, Hélder também canta numa banda – confira algumas canções dos Pólen, da qual é vocalista – e sente-se por isso próximo do que a nossa representante possa vir a sentir no palco do JESC 2017. 

“Comecei a cantar muito cedo, o que não faz de mim um entendido em canções infantis, mas sei por isso a sensação de subir a um palco pequenino, sei a sensação daquilo ser tudo muito grande para a tua dimensão, dos nervos, de não teres consciência nenhuma daquilo que estás a fazer e das consequências disso…” 

Mariana Venâncio tem apenas 10 anos. Por isso mesmo, a inocência da nossa representante transporta também a descontração que um adulto não consegue sacudir. Menos nervos também significam menos expectativas e menos peso da responsabilidade. A alegria de estar a concorrer acaba por ser aquilo que mais importa, comenta o apresentador.

A parceria com Nuno Galopim nos comentários da Eurovisão já não é novidade e Hélder confirma que trabalhar com “a enciclopédia humana” que é aquele jornalista continua a ser muito entusiasmante. 

“Geralmente o Galopim fica com a parte mais técnica da canção – o que é que lembra, o potencial da criança para futuros eventos… porque fica sempre lá a sementinha. E eu fico mais com a questão das boas-vindas do país, uma dica ou outra sobre o país anfitrião, curiosidade sobre os intérpretes… 

Ser comentador é um trabalho a pares. A dinâmica com Nuno Galopim está orientada, mas o conteúdo do comentário pede bastante mais trabalho do que o espetador possa pensar… 

“Dá muito trabalho, mas gosto bastante de ser comentador. Geralmente demoro um mês a preparar os textos, mas quando comento a Eurovisão, todas as que fiz, tive mais ou menos dois meses de trabalho antes de chegar a noite. Porque eu preparo as coisas, faço os textos, faço até uma cronometragem – porque nós temos um break que é muito pequenino para o comentário, entre o postcard e a atuação. Vou limando de maneira a dar espaço para o outro comentador, para que fique só o sumo das coisas; perco muito tempo a investigar curiosidades, que é muito do que vive a Eurovisão…” 

Ouvir os comentários destes profissionais pede uma atenção redobrada, já que envolve um grau de especialidade e estudo que não passa despercebido aos verdadeiros fãs destes eventos internacionais. 

Depois do Junior Eurovision Song Contest na Geórgia, Portugal prepara-se para ser o anfitrião do evento principal da EBU. Tal como tantos outros comunicadores da RTP, Hélder Reis disponibilizou-se já para fazer parte da equipa que vai cobrir o certame. 

“Até estar à porta a dizer ‘Welcome to Portugal’ para mim era fixe, por isso se precisarem de mim para dar as boas-vindas com um Porto tónico (para ser diferente), contem comigo!”