A delegação portuguesa completa reuniu-se em Kiev ao fim de uma semana de ensaios liderados por Luísa Sobral e coordenados por Carla Bugalho.
A imprensa internacional esperava ansiosamente Salvador Sobral. Faltavam as entrevistas ao cantor, saber mais sobre o que cantava e a forma como o cantava. Não havia fotos para além das que tinham sido enviadas pela RTP.
A chegada à red carpet foi o início de toda a loucura que havia de cercar o intérprete português durante a semana seguinte. Mas até isso foi fora do comum: a comitiva portuguesa pisou o tapete vermelho sem Salvador, para grande espanto dos jornalistas, e apesar de ter sido incluída em penúltimo lugar – antes da Ucrânia, o país anfitrião, fechar o desfile. Chegado do aeroporto, Salvador viu a sua entrada na red carpet barrada no último minuto e foi com a calma do costume que se dirigiu para a entrada do desfile quando todos os outros países chegavam já ao final dos 200 metros.
Gonçalo Madaíl, Joana Martins e Carla Bugalho partilharam numa conversa descontraída como foi conter a curiosidade de jornalistas e fãs que se acumulavam nas baias a aguardar a chegada do cantor português (ver vídeo). As imagens de todos os fãs que esperavam mostra bem o carinho que tinham já por “Amar pelos Dois” e pela figura que a representava.
A passagem à Final era o objetivo fixo de Gonçalo Madaíl para a participação portuguesa na Eurovisão 2017. Era preciso controlar expectativas e não descurar a aposta que o país tinha feito num renovado Festival da Canção.
Quando Portugal conseguiu um lugar no espetáculo final, Carla Bugalho confessa que já se iam apercebendo do burburinho que se ia gerando em torno da canção portuguesa mas que a felicidade de passar era impossível de conter.
Os ensaios eram acompanhados pela delegação mas também por toda a imprensa e pelo público com uma impressão de incredulidade. No momento em que Salvador dizia as primeiras palavras, fazia-se silêncio. Na sala de imprensa, nos bastidores, no recinto, na sala das delegações. Era um momento de absoluta adoração que impressionava.
Já durante a Final, os 12 pontos foram caindo para a delegação portuguesa que, sem estratégias de promoção pré-definidas, conseguia chegar ao coração e promover o bom humor entre quem assistia no recinto e em casa. Salvador e Luísa foram exímios numa comunicação diferente, não ponderada, que se tornou marca dos irmãos e factor distintivo da delegação portuguesa. Possivelmente, terá sido isso que fez a diferença na altura do voto; o público lembrava-se daquelas figuras e daquela canção…
Carla Bugalho, Joana Martins e Gonçalo Madaíl deixaram perceber também como foi vivida a emoção na Green Room e em todos os momentos em que, orgulhosamente, participaram no caminho que levou Portugal à vitória.
Vale a pena ver e sentir como foi afinal viver também os bastidores deste momento histórico para o país.