Tal como em edições anteriores, cabe aos autores convidarem quem acham mais adequado para interpretar a canção com que concorrem ao Festival da Canção. Em 2020, a banda Blasted Mechanism, Cláudio Frank, Dubio feat. +351, Elisa Rodrigues, Filipe Sambado, Jimmy P, MEERA e Throes + The Shine escolheram ser autores e intérpretes das próprias canções.
Abaixo, partilhamos as biografias dos intérpretes convidados por António Avelar de Pinho, Dino D’ Santiago, Hélio Morais, João Cabrita, Marta Carvalho, Pedro Jóia, Rui Pregal da Cunha e Tiago Nacarato.
Luiz Caracol & Gus Liberdade
[Intérpretes convidados por António Avelar de Pinho]
LUIZ CARACOL
Músico, cantor e autor. Ao longo dos últimos anos, partilhou o palco e participou em projetos com artistas como Sara Tavares, Tito Paris, Jorge Palma, Narf, Manecas Costa, Pierre Aderne, Budiño, Javier Limon, Couple Coffee, Uxía, Susana Travassos, entre outros. Em 2013 editou álbum de estreia, “Devagar”, no qual contou com convidados como Sara Tavares, Fernanda Abreu, Valete, Jorge Drexler e Mia Couto. Em 2017 lançou o segundo álbum “Metade e meia”, onde colaboraram Aline Frazão, Zeca Baleiro, Remna Schwarz, Biru, Edu Mundo e José Luis Peixoto. Neste momento está a preparar o seu próximo disco a solo, que irá chamar-se “só.tão“, a editar em 2020.
GUS LIBERDADE
Nasceu em Lisboa em 1994 e, estimulado para a música, cinema e literatura, desenvolveu cedo o gosto por contar histórias. Em 2006 e 2007 foi concorrente dos Festivais Júnior da Canção da RTP. A partir daí, não mais deixou de trabalhar como músico e compositor, tendo em 2009 lançado o seu primeiro álbum de originais. Desenvolveu estudos na área da música e da escrita. Integrou bandas como Legacy of Cynthia, 5Watts, União Verbal e Wait Until Dark, mas trabalhou igualmente como músico/produtor (ao vivo e em estúdio) para músicos como NBC, Filipe Keil ou Gabriel Petra. Criou ainda, diversas bandas sonoras e fez sonoplastia para curtas-metragens e peças de teatro.
Kady
[Intérprete convidada por Dino D’Santiago]
Kady nasceu e cresceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago (Cabo Verde). Filha de Terezinha Araújo, fundadora e vocalista do grupo Simentera, cresceu ao lado de figuras proeminentes da música tradicional de Cabo Verde como Tété Alhinho e Mário Lúcio. É neta de Amélia Araújo (Maria Turra), locutora de origem angolana, responsável pela Rádio Libertação do PAIGC durante a luta pela independência da Guiné Bissau e Cabo Verde. Iniciou-se na música durante a adolescência, vencendo competições musicais para jovens cantores. Integrou o grupo de rock “Os Blende” e fez teatro em Santiago. Na idade adulta aposta na formação musical com passagens pela Weslyan University (Connecticut), e Berklee College of Music (Boston). Em 2015, editou o seu primeiro álbum a solo, “Kaminho”, e fez de Lisboa a cidade base da sua carreira artística. O convite para participar na edição de 2020 do Festival da Canção chegou no momento em que a família celebrava os 50 anos da participação da sua tia angolana, Lilly Tchiumba, concorrente do Festival da Canção de 1969 com a canção “Flor Bailarina”.
OUVIR CANÇÃO “DIZ SÓ”
Judas
[Intérprete convidado por Hélio Morais]
Natural de Luanda, mudou-se para Portugal em 1997, tinha então sete anos de idade. Aos 13 anos descobriu uma paixão pela dança ao ver um musical ao vivo, acabando depois por entrar para a companhia de dança. Aos 19 anos começou a estudar teatro na Escola Secundária de Albufeira e, depois de terminar o curso, mudou-se para Lisboa para tentar a sua sorte como artista. Agenciou-se numa agência de moda e participou em algumas campanhas de publicidade para televisão. Por essa altura a música já desempenhava um papel importante na sua vida. Começou a compor aos 16 anos. Nomes como Michael Jackson, The Black Eyed Peas, Missy Elliot, Pink, Destinys Child, Shakira, PCD ou Kylie Minogue, despertavam a sua imaginação auditiva e visual, dando-lhe confiança e motivação. Em Lisboa conheceu um familiar que tinha um estúdio caseiro, a quem mostrou umas letras e resolveram avançar.
OUVIR CANÇÃO “CUBISMO ENVIESADO”
Ian Mucznik
[Intérprete convidado João Cabrita]
Ian Mucznik nasceu em Paris em 1967. É compositor, intérprete, multi-instrumentista. Participou em vários projetos musicais, sobretudo nas áreas do pop-rock e do jazz. Atualmente faz parte dos grupos Miss Manouche, On Dixie e Real Combo Lisbonense. Estes últimos asseguraram, em 2017, as atuações não competitivas nas semifinais do Festival da Canção, recriando temas que fizeram parte da história do programa.
OUVIR CANÇÃO “O DIA DE AMANHÔ
Elisa
[Intérprete convidada por Marta Carvalho]
Elisa Silva nasceu em 1999 na ilha da Madeira e começou a cantar com apenas sete anos. Dos tempos de infância lembra-se do pai lhe mostrar canções de nomes como The Beatles, Ray Charles, Queen, ABBA, The Eagles, entre outros. A partir daí começou a desenvolver um interesse especial pela música das décadas de 60, 70 e 80. Participou em vários festivais regionais e, aos 13 anos, começou a cantar em projetos e a fazer concertos pela ilha. O seu interesse pelo jazz surgiu quando tinha 17, levando-a a fazer um Curso de Jazz no Conservatório da Madeira. Em 2018 partiu para Lisboa onde continuo os seus estudos e começou a compor músicas originais. Hoje, com 19 anos, estuda na Escola Superior de Música de Lisboa, e prepara em simultâneo a sua estreia e o lançamento da carreira a solo.
OUVIR CANÇÃO “MEDO DE SENTIR”
Tomás Luzia
[Intérprete convidado por Pedro Jóia]
Tomás Luzia, nasceu em 2002 e vive na Amadora com a família. Atualmente está a terminar o ensino secundário na Escola Secundária da Amadora, no curso Científico-humanístico de Ciências e Tecnologias. Desde que se lembra, a música preenche o seu dia-a-dia. Entre 2013 e 2017 estudou na Escola de Música da Nossa Senhora do Cabo, além de formação musical também aprendeu a tocar saxofone. Porém já desde essa altura o que mais gostava era cantar no coro. Também gosta de teatro e integra o Grutesco, o Grupo de Teatro da Escola Secundária da Amadora.
OUVIR CANÇÃO “MAIS REAL QUE O AMOR”
JJaZZ
[Intérpretes convidados por Rui Pregal da Cunha]
Joana Morais
Nasceu em Lisboa à hora do lanche e é por isso que gosta de bolos. Fez um dueto com Pedro Abrunhosa, estudou canto no conservatório durante 3 anos, antes disso com uma cantora incrível de nome Lia Altavilla e ainda antes disso com um paciente professor chamado António Ramos. Migrou para sul e viveu no Rio durante 2 anos. Diz que há-de voltar “amarradona”. Segue a viver no seu universo particular onde tudo tem mais glitter e a fruta é mais doce.
Zeca Pregal da Cunha
Nasceu, como quase todos os alfacinhas, em São Sebastião da Pedreira. Vendo-o deitado em lençóis inscritos com a sigla MAC, o pai não conseguia parar de o fotografar. A mãe é de Angola, o pai de Macau, ele gostava da cor de laranja mas não sabia bem porquê. Fascinado com a cultura japonesa é avido devorador de anime e já foi visto em casa a tomar o pequeno-almoço com um chapéu do Pikachu. Estudou em várias línguas e por isso não sabe bem qual é a sua; estudou também guitarra clássica e sax alto na Academia de Amadores de Música: como qualquer rapaz da sua idade ainda anda à procura de referências, alicerces e contextos.
Bárbara Tinoco
[Intérprete convidada por Tiago Nacarato]
Bárbara Tinoco é uma cantora e compositora de 21 anos, nascida em Lisboa. Autodidata na guitarra e no canto, estuda Ciências Musicais na Faculdade Nova de Ciências Socias e Humanas. Em 2018 deu que falar na sua muito breve passagem pela fase de casting – as provas cegas – do programa “The Voice Portugal”, onde, embora não tendo sido selecionada, teve a oportunidade de mostrar um tema original. Foi precisamente esse tema, “Antes Dela Dizer Que Sim”, que lançou 2019 como o single de estreia, gravado no RF Estúdio e no Estúdio Zeco por Ricardo Ferreira, João Só e Nuno Simões. O segundo single, “Sei Lá”, foi lançado em dezembro.