Rui D’Espiney, um dos elementos fundadores da Frente de Acção Popular (FAP), foi levado pela PIDE pouco tempo depois da detenção de Francisco Martins Rodrigues. Preparava-se para fugir quando foi preso.

Ainda assim, D’Espiney recorda os dias de prisão em Peniche “como uma universidade”, onde havia reflexão e debate de ideias entre os presos políticos.

No dia 25 de Abril de 1974, a cadeia de Peniche ficou durante muitas horas alheia à revolução que se desenrolava na capital. Sem televisão ou rádio e com as forças de segurança reforçadas, os presos perceberam mais tarde que algo se passava.

A decisão foi libertar todos os presos mas aqueles que também estavam acusados de crimes de sangue, como Francisco Martins Rodrigues e Rui D’Espiney, saíram à guarda do advogado Macaísta Malheiros.