Quinta-feira dia 30 de outubro foram descobertas duas valas comuns, na província de al-Anbar, com pelo menos 220 corpos de iraquianos executados pelo Estado Islâmico. Uma das valas foi encontrada perto da cidade de Hit e outra na cidade de Ramadi.

Os corpos encontrados, da tribo iraquiana sunita Albu Nimr segundo fontes de segurança citadas pela Reuters, pertencem a homens com idades entre os 18 e os 55 anos, executados com tiros à queima-roupa.

As vítimas eram polícias e membros de uma milícia anti-Estado Islâmico, chamada ‘Sahwa’, que significa acordar.

Do total de cadáveres, mais de 70 estavam numa vala perto da cidade onde foram executados, a cidade de Hit.

“Esta manhã cedo encontrámos estes cadáveres e alguns militantes do Estado Islâmico disseram-nos que «estas pessoas são da ‘Sahwa’, que luta contra os nossos irmãos do Estado Islâmico, e este é o castigo para alguém que lute contra o EI»”, revelou uma testemunha.

A outra vala foi descoberta nas proximidades da cidade de Ramadi, também na província de Anbar, e continha 150 corpos de membros da tribo Albu Nimr, que se opõe ao Estado Islâmico e por isso terá sido massacrada.

Haidar al-Abadi, primeiro-ministro do Iraque, condenou as ações do grupo radical e afirmou responder com determinação às execuções levadas a cabo pelos militantes do Estado Islâmico.

O massacre tem na sua base a intenção de o Estado Islâmico querer ocupar a cidade iraquiana de Hit, dada a sua proximidade a Bagdade. Segundo as fontes de segurança, os militantes islâmicos ordenaram aos homens da tribo Albu Nimr que abandonassem a região a oeste de Bagdade, prometendo-lhes salvo-conduto.

A promessa não foi cumprida e os homens acabaram por ser arrebanhados e executados num mercado ao ar livre. Os militantes do Estado Islâmico dispararam contra as vítimas depois de as terem amarrado e vendado, escreve a agência espanhola EFE.

Por João Pelarigo