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Roosevelt Matthews foi um dotado cantor oriundo de Cairo, no Illinois, que esteve activo entre as segundas metades das décadas de 60 e de 70.

Iniciou o seu percurso discográfico com uma versão de “Tighten up”, gravada para a King, na companhia de Billy Ball + The Upsetters, banda de culto de Indianapolis, que já teve o devido destaque aqui, no Poder Soul, e que também o acompanhou no seu segundo e derradeiro disco, em nome próprio, editado pela S.B.I. Records, de Nashville.

Entre 68 e 77, para além deste par de sete-polegadas, foi um dos mentores dos Chuck + Mac e dos Hard Tymes, projectos que fundou em colaboração com o seu conterrâneo Chuck Wallace e com os quais registou mais três singles: dois para a Ruby, independente que terão criado em St. Louis e um para a Twinight, marca mítica de Chicago.

“You got me diggin’ you” é o lado b do seu primeiro single e o mais genial dos seus vários excepcionais momentos.

Uma obra-prima Sweet Soul, com uma produção, uns arranjos e uma interpretação imaculados, que, sendo rara e extremamente valiosa nas suas versões originais, foi reeditada pela Kent, em 2009.

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É escassa a informação disponível acerca dos Four of Clubs.

Parece ter sido um quarteto branco, com ligações a Dave Plummer, produtor da Flórida que fundou a Cypress Records e o respectivo estúdio, primeiro em Palm Valley e, depois, em Jacksonville Beach, e que foi responsável pela gravação ou lançamento de discos de culto dos Fruit ou dos Jax Transit Authority. 

Os Four of Clubs apenas gravaram um disco, em 1970, para desaparecerem sem deixar rasto.

“Funkity” é o lado b desse sete-polegadas, que tem a balada Blue-Eyed Soul – “It’s your turn to cry” – na face oposta e a sua contribuição para a cena especializada.

Um certeiro instrumental Deep Funk, comandado por um marcante break-beat, perfeito para aquecer qualquer pista e que, mesmo não sendo proibitivo no seu formato original, foi incluído na excelente recolha “Because you’re Funky”, assinada por Rustler e editada pela Lo Recordings, em 2002.

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Mavis John nasceu em Clifton Hill, em Trinidad e Tobago, e foi neste arquipélago das Caraíbas que fez a sua longa e bem-sucedida carreira.

Começou muito cedo a cantar e transformou-se num ídolo teen, depois de ter assinado uma tremenda versão de “It’s a man’s, man’s, man’s world”, de James Brown, no fim da década de 60. 

A meio dos anos 70, associou-se a Dave Elcock, como metade do duo Mae + Dave, com quem, entre 77 e 80, editaria quatro singles.

Voltou aos discos em nome próprio em 1980, para gravar mais uma mão cheia de singles.

Escrito e produzido por Tony Wilson, notável artista local que fez parte das estrelas Soul britânicas Hot Chocolate, e editado pela Kalinda – “Use my body” – é o primeiro desta sua segunda vaga de discos e o mais colecionável de todos os seus singles.

Uma deliciosa canção Island Soul, contaminada pelo Disco, que soa hoje tão fresca como quando foi gravada.

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Os Masterpiece nasceram em Washtenaw Count, no Michigan, em 1972, fruto da fusão de dois grupos, originários da Ypsilanti High School: The Soulful Soul Mates e The Emeralds.

A banda, que chegava a ter catorze elementos em palco, depressa ganhou culto na cena local e, dois anos mais tarde, decidiu gravar o seu único disco, numa tentativa de ir mais longe e de assegurar uma carreira no mundo do espectáculo.

O sete-polegadas, autoeditado através da Ypsi Records, marca criada para o efeito, não teve o resultado esperado e, depois de uma audição falhada para participarem no programa televisivo – Jerry Lewis Telethon – os Masterpiece decidiram cessar a sua actividade, em 1976.

“Love affair” é o lado b do seu único e maravilhoso double-sider e um absoluto Graal da cena especializada.

Uma verdadeira pérola Modern Soul que troca de mãos na casa dos milhares, mas que, felizmente, foi reeditada pela Suncut, em 2017, para júbilo de todos os adeptos do género para quem o formato original na passava de uma miragem.

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Bobbi Humphrey nasceu em Marlin, no Texas, em 1950, mas cresceu e fez todo o seu percurso formativo em Dallas, onde estudou flauta, nas vertentes Clássicas e Jazz.

No início dos anos 70, Dizzy Gillespie viu-a tocar e, confrontado com o seu imenso talento, convenceu-a a mudar-se para Nova Iorque.

Poucos meses depois de chegar à Grande Maçã, foi contratada pela Blue Note, em 1971 transformando-se na primeira instrumentista feminina a ser assinada por aquela marca de referência e arrancando para um longo e marcante percurso artístico que se estende até aos nossos dias e nos deu um número apreciável de hinos.

Para além de ter colaborado com nomes como Stevie Wonder ou Roy Ayers, entre outros, gravou cerca de uma dúzia de Lps e ainda mais singles, tornando-se numa referência da fusão do Jazz com a Soul e o Funk.

Editado em sete e em doze-polegadas, pela Uno Melodic, de Roy Ayers, em 82 – “Baby, don’t you know” – será a sua maior contribuição para as pistas de dança.

Uma imensa canção que funde Jazz, Soul, Disco e Boogie, com uma produção e uns arranjos do outro mundo, que é completamente obrigatória em qualquer coleção que se preze.

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