• Poder Soul

    8 março 2021 – 12 março 2021

    Segunda-feira

    Tabby Thomas

    My baby’s got it

    Zynn

    Nascido Ernest Joseph Thomas, em Baton Rouge, no Louisiana, em 1929, Tabby Thomas foi um cantor, guitarrista, teclista e compositor Blues, que teve uma marcante carreira de mais de quatro décadas.

    Iníciou o seu percurso discográfico na segunda metade dos anos 50 e, até 1999, gravou meia-dúzia de álbuns e cerca de três dezenas de singles, para editoras chave como a Excello, a Blue Beat ou a Maison de Soul, entre os quais se encontram vários monstros, altamente colecionáveis, que vão dos Blues à Southern Soul, passando pelo Funk.

    Deixou-nos na entrada de 2014, com 84 anos.

    Editado em 1959, pela Zynn, um dos primeiros selo do crucial J.D. Miller – “My baby’s got it” – é o meu favorito desses vários momentos de excepção.

    Uma verdadeira obra-prima Rhythm + Blues, com todos os fundamentos da mais embrionária Soul que, na última década, tem conquistado um crescente protagonismo na cena especializada, gerado a disputa dos mais abastados Djs e foi reprensada à socapa, no ano passado.

     

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    8 março 2021 – 12 março 2021

    Terça-feira

    The T.M.G.’s

    The hatch

    Soul Shake

    Tommy McGee é um importante cantor, organista, compositor, produtor e editor, nativo de Grand Rapids, no Michigan.

    Com apenas treze anos, juntou dinheiro suficiente para comprar o gravador de fita com que registou dois temas da sua banda juvenil que, depois de terem sido prensados em single, lhe foram entregues com a inscrição TMG, no rótulo.

    Assim nasceram os T.M.G.’s, o  seu primeiro grupo, com quem viria a gravar dois sete-polegadas, na viragem dos 60 para os 70, ambos editados por marcas próprias, constituindo a sua estreia como editor.

    Nas três décadas que se seguiram, Tommy McGee, não só gravou um Lp e mais de meia-dúzia de singles, como apoiou talento local através da TMG Records, editora que fundou.

    “The hatch” foi gravado em 69, lançado pela Soul Shake, a sua primeira aventura editorial, e é um dos seus mais colecionáveis discos.

    Um explosivo instrumental Deep Funk, comandado por um orgão selvagem, que foi introduzido nas pistas de dança a meio dos anos 90, transformando-se num disputado troféu, foi incluído nas recolhas de Mr. Fine Wine e da Jazzman – “Vital organs” e “Midwest Funk” e reprensado pela Funk 45, em 2004, ao lado de “Agravation”, outro dos seus grandes clássicos.

     

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    8 março 2021 – 12 março 2021

    Quarta-feira

    The Energettics

    You make me nothing

    Cobra

    Ainda na pré-adolescência, Joey Lites, Bernard Franklin, Herbert Jackson, Calvin Sheperd e Tony Borders formaram o quinteto vocal The Energettics, em 1971, tornando-se na primeira “boys band” de Boston.

    O grupo cresceu com o apoio do Boston Black Action Committe, uma organização nascida no bairro de Roxbury, que exprimia o seu activismo através da luta pela integração nas escolas locais.

    Fascinado com o talento do grupo, Donald Poole Sr., um dos seus dirigentes, encarregou-se do management dos cinco jovens, juntou-os ao guitarrista e compositor William Ebinson e a um grupo de músicos, recrutados na Berklee School of Music e patrocinou-lhes a gravação do seu primeiro single, editado em 74, pela Cobra Records, independente de culto, fundada pelo produtor E.W. Brown Jr..

    O disco foi um flop, os Energettics foram crescendo e, depois de se tornarem numa presença regular no circuito de clubes nocturnos da cidade e de terem trabalhado com Stanton Davis, em mais um sete-polegadas, tiveram a sua grande oportunidade, ao assinarem contrato com a Atlantic, para gravarem Lp e dois singles, que não os levaram a lado nenhum, a não ser à sua dissolução, no início dos anos 80.

    “You make me nothing” é o seu disco de estreia e o seu mais genial momento.

    Uma imensa canção Funky Soul, com uma interpretação e uns arranjos do outro mundo, que nos últimos anos tem levado ao delírio os mais progressivos clubes da cena especializada.

     

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    8 março 2021 – 12 março 2021

    Quinta-feira

    Bessie Banks

    Don’t you worry baby the best is yet to come

    Quality

    Nascida Bessie White, em 1938, na Carolina do Norte, Bessie Banks cresceu em Nova Iorque.

    Iniciou o seu percurso artístico a meio da década de 50, com grupos Doo-Wop, como os Turbans e os Three Guys + a Doll, quarteto vocal onde conheceu Larry Banks, um dos fundadores dos Four Fellows, com quem viria a casar, em cima do palco do Royal Theatre, em Baltimore.

    Depois de ter participado em três sete-polegadas dos Companions, em 64 gravou o primeiro disco, a solo, de uma carreira discográfica que durou cerca de doze anos e se reflectiu em sete singles, editados por marcas como a Tiger, a Spokane, a Verve, a Cotique, a Volt ou a Quality.

    Registado em 1976, “Don’t you worry baby the best is yet to come” foi o seu derradeiro esforço, o seu mais genial momento e é um verdadeiro Graal da cena Soul especializada.

    Uma autêntica obra-prima Modern Soul que, durante décadas esteve apenas ao alcance dos mais atentos, obstinados e abastados Djs e colecionadores que, felizmente, acabou de ser reprensada pela Pressure Makes Diamonds.

     

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    8 março 2021 – 12 março 2021

    Sexta-feira

    Patti Charles

    Music lady

    Kalinda

    Sabe-se muito pouco acerca de Patti Charles.

    Sabe-se que esta cantora será nativa de Trinidad e Tobago e que apenas gravou um sete-polegadas, em 1977, que foi o suficiente para lhe garantir um lugar de culto entre os mais atentos amantes da mais obscura música negra.

    “Music lady” é o lado b de “Baby I love you”, uma versão de um tema de Peter Frampton, que lhe valeu alguma popularidade local naquela época, foi gravado nos K.H. Studios, em Port of Spain, escrito, arranjado e dirigido por Clive Bradley, um dos protagonistas chave da cena músical daquela ilha das Caraíbas, editado pela Kalinda e pela nova-iorquina Charlie’s Records e transformou-se num clássico da cena Deep Disco.

    Uma espantosa canção midtempo, com uma produção algo futurista, que está entre o melhor Island Disco que se conhece e que, embora não seja inalcançável nos seus formatos originais, foi incluída no segundo volume da excelente série “Tropical Disco Hustle”, editado em 2015, pela Cultures of Soul.

     

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