• Poder Soul

    7 junho 2021 – 11 junho 2021

    Segunda-feira

    Paul Kelly

    The upset

    Lloyd

    Cantor, multi-instrumentista, compositor e produtor Paul Kelly nasceu em Miami, na Flórida, em 1940.

    Em 56, ao lado do seu irmão Henry, fundou os Spades, um grupo vocal, composto por alunos da 20th Street School, que se transformaria nos Valadeers.

    Na viragem dos 50 para os 60, Clarence Reid convidou-o a integrar os seus Delmiros, com quem gravou o single que o viria a lançar para uma sólida e longa carreira em nome próprio.

    Entre 65 e 93, editou mais de meia-dúzia de álbuns e cerca de três dezenas de singles, entre os quais figuram alguns clássicos.

    Gravado em 65, para a Lloyd Records, e inspirado na vitória de Cassius Clay sobre Sonny Liston – “The upset” – é o lado b do seu single de estreia e o seu momento supremo.

    Uma crúa e profunda canção Soul, que se transformou num cobiçado objecto de coleção, e que foi incluída, pela Numero Group, no volume que a série Eccentric Soul, dedica às marcas associadas à crucial Deep City Records.

     

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  • Poder Soul

    7 junho 2021 – 11 junho 2021

    Terça-feira

    The Free Mind

    After we’re gone (the world keeps turnin’)

    Twin Town

    No início da década de 70, Charles Small juntou-se a Marcus Robinson, Jimmy Rogers, Reginald Humphrey e Floyd Cheatham, em Milwaukee, para reforçar os Navajo Train, então backing-band dos bem-sucedidos Esquires.

    O talento da banda era demasiado para um papel secundário e, apadrinhados pelos radialistas locais – Ray Moss e Jimmy Smith – decidiram emancipar-se.

    Com o intuíto de lhes dar a credidibildade necessária, para vender concertos a cachets dignos, Ross e Smith marcaram uma sessão de gravação no Micside Studio, no Minnesota, que resultou na edição do seu único sete-polegadas, através da independente local Twin Town.

    O disco não lhes valeu grande coisa, até porque, nem localmente funcionou, mas transformaria os Free Mind numa banda de culto no seio da cena especializada.

    “After we’re gone (the world keeps turnin’)” é o lado b e, para mim, o mais genial tema deste espantoso double-sider.

    Uma verdadeira obra-prima Funky Soul, com um quê de Garage, que abre com um orgão tremendo e se constroi sobre uns grandes arranjos, que gera a loucura dos mais progressivos Djs, desde que foi introduzida nas pistas de dança.

     

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  • Poder Soul

    7 junho 2021 – 11 junho 2021

    Quarta-feira

    The Holy Lights of Baltimore, MD

    Keep on singing

    Savoy

    The Holy Lights of Baltimore, Maryland foi um grupo Gospel, fundado nos fim dos anos 60, por James Kelley, James Pullens, Andrew Harris e William Chesnut.

    Em 1969, foram assinados pela Savoy, iniciando um percurso discográfico, que até 78, resultou na edição de meia-dúzia de Lps, que guardam vários clássicos e reflectem as várias mudanças de formação que foram sofrendo.

    Gravado em 77 e cantado por James Kelley, então o único sobrevivente do seu núcleo inicial – “Keep on singing” – é um dos temas de “I’ve had it hard” e, na minha opinião, a sua mais exemplar incursão ao território da Soul.

    Uma imensa canção, com uma suprema interpretação e uma produção imaculada, que está entre os grandes hinos Gospel Soul da história.

     

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  • Poder Soul

    7 junho 2021 – 11 junho 2021

    Quinta-feira

    Betty Lou Landreth

    I can’t stop

    YaYa, Inc.

    Betty Lou Landreth é uma cantora branca nascida no Oklahoma, que cresceu em Artesia, no Novo México, onde começou a cantar, mesmo antes de se graduar, na Eastern New Mexico University.

    Adoptando o Jazz, como a sua linguagem primordial, percorreu clubes de todo o país, de Los Angeles a New Orleans, passando por Detroit, onde, em 1979, iria gravar o seu único e decisivo disco. Um ultra-colecionável Lp, resultante de uma sociedade entre Joel Palmer, um historiador Jazz, nativo da Motor City, que passou uma temporada em New Orleans a dirigir o William Ransom Hogan Jazz Archive da Tulane University, e Charlie Gabriel, um dotado saxofonista, compositor e produtor, nascido na emblemática cidade do Louisianna, que, em sentido contrário, se mudou para Detroit, com apenas 14 anos, para, aos 16, iniciar uma marcante carreira, quando foi recutado para a banda de Lionel Hampton.

    “I can’t stop” é um dos temas desse álbum, chamado “Betty Lou”, editado pela YaYa, Inc., de Joel Palmer e que reúne músicos notáveis como Marcus Belgrave, Travis Biggs, Emmanuel Riggins ou Joe Hunter, o ex-líder dos Funk Brothers, que também assina os seus arranjos.

    Uma verdadeira obra-prima Soul, temperada pelo Jazz, que, sendo praticamente inalcançável no seu formato original, acabou de ser recuperada pela Backatcha, que reeditou o Lp, com uma série de inéditos, e a reprensou num apectecível sete-polegadas.

     

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  • Poder Soul

    7 junho 2021 – 11 junho 2021

    Sexta-feira

    Kick

    Lollie pop

    Jomar

    Kick foi um quarteto formado por Cheryl King, Dorothy Willingham, Marshall Jones e Robert Smith, em Memphis, no Tennessee, no príncipio dos anos 80.

    Depois se tornarem numa presença assídua da cena de clubes nocturnos local e de juntarem os fundos suficientes, marcaram uma sessão nos históricos Ardent Studios, para gravarem o primeiro dos três sete-polegadas que editariam, entre 83 e 86,  através da Jomar e da Starlight, duas pequenas independentes, aparentemente, fundadas por Marshall Jones, o príncipal motor da banda.

    Jones acreditava que estes discos os fariam descolar dos clubes e levá-los a outros palcos, mas, tirando um par de concertos no New Daisy Theatre e uma incursão a Grenada, no Mississippi, pouco ou nada mudou.

    “Lollie Pop” é o seu single de estreia e, na minha opinião, o maior dos dois grandes hinos que nos deixaram e que incluem “Right thing”, o seu segundo disco.

    Uma contagiante canção Boogie, que leva qualquer clube ao delírio e que, não sendo fácil de assegurar no seu cobiçado formato original, foi incluída em “Stone Crush”, uma bela recolha Modern Soul, dedicada àquela cidade, editada pela Light in the Attic, em 2020.

     

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