• Poder Soul

    5 julho 2021 – 9 julho 2021

    Segunda-feira

    The Apostles

    Soulful

    BBS

    Todos brancos, Chuck Klein, Bob Rogger, Mike Menke, Gary Scott, Mark Trentmann, Bob Hoffarth e Jim Kalbfeld formaram os Apostles, em St. Louis, no Missouri, em 1967.

    Depois de terem assegurado o suporte instrumental aos Esquires, num concerto local, foram convidados por Bill Shepperd, o seu manager e produtor, a inaugurarem a BBS Records, uma subsidiária da Bunky.

    Gravado nos estúdios de Oliver Sain, em 68 – “Soulful” – foi o primeiro dos dois sete-polegadas que editariam em dois anos e que também nos deram o absoluto clássico “Six pack”, editado pela Kapp.

    Um tremendo instrumental Funk, com raízes firmes nos Rhythm + Blues, que nunca falha quando lançado numa pista de dança, deve constar das mais exigentes coleções, até porque é relativamente acessível, e foi samplado pelos Sleaford Mods, em “Chaos down in Soho”.

     

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  • Poder Soul

    5 julho 2021 – 9 julho 2021

    Terça-feira

    Laura Yager

    Where’s your love been

    Ovation

    Também branca, Laura Yager foi uma misteriosa cantora que, na década de 70, se distinguiu por misturar a sensibilidade Pop do momento com Jazz e Soul.

    Entre 1970 e 78, editou três Lps e quatro singles, todos através da Ovation, independente criada em Glennville, no Illinois, pelo ex-executivo da RCA – Dick Schory – que, além de ter distríbuido a Black Jazz, também nos deu discos de culto de Elaine + Ellen, Cleveland Eaton ou Band of Thieves.

    Gravado em 74, pelo prestigiado Brad Shapiro, em Miami – “Where’s your love been” – é um dos temas de “Play with fire”, o seu derradeiro álbum e, de longe, o seu mais conseguido momento.

    Uma grande canção Blue-Eyed Soul, que está entre a melhor “música negra” dos anos 70 e que, em 94, foi alvo de uma versão dos britânicos Heliocentric World, que se transformou num tema chave da cena Acid Jazz e do catálogo inicial da Talkin’ Loud.

     

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    5 julho 2021 – 9 julho 2021

    Quarta-feira

    The Sylvers

    We can make it if we try

    Pride

    Os Sylvers foram uma marcante e bem-sucedida banda, por onde passaram – Angie, Charmaine, Edmund, Foster, James, Leon, Olympia, Patricia e Ricky – nove dos dez irmãos, de uma familia, com o mesmo nome, de Los Angeles, na Califórnia.

    Tudo começou na viragem dos 50 para os 60, quando os quatro mais velhos se juntaram, como The Little Angels, tendo gravado um par de singles, para além de terem participado em alguns programas televisivos e terem partilhado os palcos com nomes como Ray Charles ou Johnny Matis.

    No príncipio da década de 70, já como sexteto, o grupo familiar rebaptizado The Sylvers, assinou um contrato com a MGM, que marcaria o início de um percurso discográfico que, entre 71 e 85, nos deu uma dezena de Lps e várias de singles, entre as quais se encontram alguns hits e clássicos.

    Paralelamente, Foster fez história ao gravar o ultra-samplado “Misdemeanor” e Leon, foi crucial na história da Solar Records e de projectos referência da cena Disco da Costa Oeste, como os Dinasty.

    Gravado em 73, como tema de abertura do seu segundo longa-duração – “We can make it if we try” – é, para mim, o mais genial dos muitos inspirados e históricos momentos desta talentosa familia.

    Uma verdadeira obra-prima Harmony Soul, com uma produção e uns arranjos superiores, que está entre a mais indispensável música negra daquela década.

     

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    5 julho 2021 – 9 julho 2021

    Quinta-feira

    Pete Warner

    I just want spend my life with you

    Polydor

    Pete Warner tentou uma carreira em nome próprio, antes de se dedicar a tocar, a escrever e a produzir discos de outros.

    De facto, este multi-intrumentista, compositor e produtor, que foi associado do genial Patrick Adams e fez parte do colectivo P.A. System, iníciou o seu percurso artístico com a gravação de um single, editado pela Polydor, em 1975.

    Escrito e produzido por Adams, “I just want to spend my life with you” acabou por ser o seu único disco e transformou-se num absoluto clássico Modern Soul.

    Uma enorme canção, com a clara presença do génio que marcou a transição da Soul para o Disco, ao produzir discos de referência de nomes como os Black Ivory ou os Four Below Zero, entre muitos outros, que se viria a transformar num dos mais cobiçados sete-polegadas daquela major.

     

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  • Poder Soul

    5 julho 2021 – 9 julho 2021

    Sexta-feira

    The Harden Brothers

    Deep inside of you

    H.B. Productions

    John W. e Steven A. formaram os Harden Brothers, no Ohio, a meio dos anos 70.

    A dupla de irmãos nunca conseguiu sair do circuíto de clubes nocturnos e, em 1981, decidiu investir as suas poupanças, deslocando-se até ao Cyberteknics Recording Studio, em Dayton, na companhia das cantoras Jenny Douglas e Frances Renee Wright para, sob a orientação de Billy Beck, um dos membros dos Ohio Players, gravar aquele que seria o seu único disco.

    Apesar de “Deep inside of you”, um sete-polegadas, que toca a 33 e foi prensado pela sua H.B. Productions, ter tido algum airplay no seu estado natal, no Indiana, no Kentucky e em Washington D.C., pouco ou nada fez pela banda, que acabou por regressar à obscuridade.

    Este delicioso e sofisticado stepper acabou por ser resgatado pela cena especializada, transformando-se num valioso objecto de coleção e tornando-se acessível à generalidade dos adeptos da melhor Soul, ao ser incluído no primeiro volume da série “Message in our Music”, assinada por Waxist, para a Sol Discos.

     

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