• Poder Soul

    30 maio 2022 – 3 junho 2022

    Segunda-feira

    The Swinging Seven

    Football

    King

    Mais uma vez, confrontado com o dilema de quase não possuir informação sobre um disco ou vir aqui desvendá-lo, opto pela segunda opção, por achar que assim é que se fará justiça.

    De facto, praticamente não existem registos da existência deste misterioso grupo de Kentucky, para além de constarem do alinhamento de “Crash of Thunder”, uma recolha de Mr. Fine Wine, editada em 2007, pela Vampi Soul, como uma caixa de dez sete-polegadas.

    E, por muito que pareça que o seu único disco nunca tivesse sido editado antes, isso não é verdade.

    “Football” é o lado A de um single prensado pela King, em 1970, com o número de catálogo 6325, que tem “If You See My Love” na face oposta, e que é tão raro que quase não está documentado.

    Um tremendo instrumental Funk, que leva qualquer pista de dança ao delírio e que tem levado os mais obstinados colecionadores à loucura.

     

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  • Poder Soul

    30 maio 2022 – 3 junho 2022

    Terça-feira

    Buddy Conner

    Half-way loving

    Early Bird

    Buddy Conner nasceu em Berkeley, na Califórnia, em 1930.

    Começou a cantar na Berkeley High School, onde estudou música clássica, ópera e teoria musical, e fez parte da segunda encarnação dos Paramount Singers, colectivo Gospel nascido em Austin, nos anos 30, e reactivado na Baía de San Francisco, duas décadas mais tarde.

    Depois de ter passado pela Guerra da Coreia, regressou à sua terra natal para iniciar um percurso artístico que, para além do nos ter dado três singles, editados pela Early Bird e pela Breaktrough, o levou a integrar a World’s Funkiest Band e a colaborar com Calvin Keys, Pharoah Sanders ou Earl “Fatha” Hines.

    Gravada em 1966, para a Early Bird, “Half-way loving” foi a sua estreia em disco e a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Uma musculada canção Soul, contaminada pelos Blues, que se transformou num clássico nos vários sectores da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    30 maio 2022 – 3 junho 2022

    Quarta-feira

    Majjestee's

    Let her go

    Mutt

    Em 1965, depois de ter sido dispensado da equipa campeã de Baseball, da Highland Park High School, em Detroit, Angelo Bond juntou-se ao seu irmão Gene e a Ted Cooper, Hugh Jewell e Larry Smith, para formar um grupo vocal, com o objectivo de participar no espectáculo de fim de ano daquele Liceu.

    A sua actuação deu que falar e Beatrice Summers, sua tia e uma bailarina profissional com bastantes contactos, assumiu o management do grupo, denominando-os Majestees e conseguindo-lhes garantir actuações em bases militares, campanhas eleitorais e no show matinal do canal televisivo Channel 7.

    Tamanha exposição levou Nate Dore a contratá-los para a Mutt, então dirigida por Fred Bridges, para gravarem o seu único disco: um sete-polegadas que se revelou um flop, mas que garantiu a Angelo Bond uma razoável carreira em nome próprio.

    “Let her go” é o lado b desse sete-polegadas, que teve uma reduzida prensagem em 1966, e o tema que lhes garantiu um lugar de culto no seio da cena especializada.

    Uma pequena maravilha Sweet Soul, deliciosamente frágil e low-fi, que sendo inalcançável no seu formato original, integra a “Eccentric Soul: Omnibus vol.1”, colecionável caixa de 45 singles, editada pela Numero Group, em 2012.

     

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  • Poder Soul

    30 maio 2022 – 3 junho 2022

    Quinta-feira

    Crown

    Intercession

    Herald

    Nativo de Memphis, no Tennessee, André LaFlora começou o seu percurso artístico, no início da década de 70, como trompetista do grupo Gospel, The Converters.

    Em 1981, decidiu seguir o seu caminho e juntou-se a Glen Brown, baterista dos Converters e ao seu irmão Lenoir, talentoso cantor e baixista para formar os Telegram.

    O projecto foi o pretexto para fundar a Herald Records, pequena independente que, entre 83 e 84, prensou os dois discos gravados pelos Telegram e o único single de Crown, aventura em que tocava todos os instrumentos, e que abriu caminho a “UNO”, álbum apenas lançado em cassete, em 1985.

    Dois anos mais tarde, regressou enquanto Candle Tribe, nos anos 90 colaborou com várias formações Jazz locais e em 2002, criou os Reverend WHO?, gravando mais três CDs.

    “Intercession” é o lado b do único sete-polegadas editado como Crown e, para mim, o seu momento de excepção.

    Uma enorme canção Boogie, com um cheirinho de Rap, que nunca falha quando lançada numa pista de dança e que soa hoje tão bem como quando foi registada.

     

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  • Poder Soul

    30 maio 2022 – 3 junho 2022

    Sexta-feira

    Kristle

    I’ll go

    Light

    Kristle Murden nasceu em Newark, New Jersey, em 1956, mas, aos três mudou-se com a família para Washington D.C., começando a cantar um ano mais tarde, integrada no coro infantil da First Baptist Church of Annapolis, em Maryland, e dando os primeiros passos para uma marcante carreira no universo Gospel e como cantora de sessão em discos de vedetas como Michael Jackson, Whitney Houston, Brandy, Ledisi ou The Winans.

    Ainda criança, aprendeu a tocar piano sozinha, começou a escrever canções na pré-adolescência, mas o seu percurso artístico só se iníciou verdadeiramente depois de, em 1979, assinar contrato com a Light Records, marca fundada por Ralph Carmichael, em Waco, no Texas, responsável pelo sucesso de Andrea Crouch, com quem Kristle percorreria palcos de todo o mundo.

    Apesar de todo o alcance do seu percurso, apenas gravou um single e um Lp, em nome próprio, em 1980.

    “I’ll go” foi prensado em sete-polegadas, é o tema de abertura de “Can’t let go”, o seu único longa-duração, e um absoluto clássico Gospel Soul.

    Uma imensa canção midtempo, com uma produção, uns arranjos e uma interpretação do outro mundo, que está entre a melhor música afro-americana daquela década.

     

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