• Poder Soul

    30 agosto 2021 – 3 setembro 2021

    Segunda-feira

    The Perfect Circle

    The Perfect Circle

    Inner City

    The Perfect Circle foi uma banda de Oakland, composta por Carl Walker, Clyde Dixon, Dave Parnell, Flemmon Green Jr., Jimmy Smith, Ed Lyons e Ed James, que esteve activa entre 1975 e 79.

    A sua explosiva mistura de Jazz, Funk, Disco e Psicadelismo, apoiada numa incisiva secção de sopros que, a exemplo do que acontecia com outros projectos locais inspirados nos Tower of Power, deu corpo ao chamado “Bay Area Funk”, chamou a atenção de Paul Mack Jr., que os apresentou a George Semper, para virem a integrar o leque de artistas da sua Inner City Records.

    Apenas gravariam um Lp e um single, entre 77 e 78, mas isso foi o suficiente para garantirem um lugar de culto em vários quadrantes da cena especializada.

    “The Perfect Circle”, que partilha o nome da banda, é um dos grandes temas do seu longa-duração, homónimo, e, na minha opinião, o seu mais excepcional momento.

    Uma contagiante canção, que não deixa ninguém indiferente e que deve constar da mala dos mais progressivos Djs, pelo menos desde que foi reprensada pela Dynamite Cuts, no ano passado.

     

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  • Poder Soul

    30 agosto 2021 – 3 setembro 2021

    Terça-feira

    Directory

    Feel it in your bones

    Zodiac

    Quando fundou a Directory, em 1972, Jay Thomas já tinha sido um dos protagonistas da irrequieta cena Garage, surgida nos anos 60, à volta do High Fidelity House Studio, de Ben Hall, na pequena cidade texana de Big Spring, enquanto membro dos Soul Skaters.

    Ao lado de Buster Green, Keith Teel, Allen “Mouse” Householder, Richard Kitchen e Skipper Husky, Thomas usou os contactos que tinha feito com a sua primeira banda, uma lenda entre os teenagers locais, para a Directory se tornar numa presença assídua no lucrativos circuíto de Bases Militares texanas.

    Assumindo-se como uma stage-band, que transformava os êxitos do momento em temas de dança, a banda, apesar de se ter mantido em constante actividade nos palcos do triangulo – Lubbock, Odessa e Abilene – até ao fim da década, apenas gravaria um single, patrocionado pelo Zodiac, um bar de motoqueiros, que até conseguiu que o disco tivesse airplay, mas que apenas distribuiu 100 cópias, localmente.

    Gravado em 75, “Feel it in your bones” é o lado A desse double-sider e, para mim, o melhor dos seus dois temas de culto.

    Uma enorme e crua canção Funky Soul low-fi, que se transformou num verdadeiro hino para os menos ortodoxos Djs e colecionadores da cena especializada.

     

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    30 agosto 2021 – 3 setembro 2021

    Quarta-feira

    Benny Johnson

    I just got to know

    Today

    Benny Johnson foi um cantor nova-iorquino que esteve activo entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos 70, sobre o qual se sabe muito pouco.

    Terá iniciado o seu percurso discográfico, em 1969, com os Spoilers, quando compôs e gravou o segundo dos dois singles deste grupo vocal, que teria acabado de integrar.

    Em 73, foi assinado pela Today, uma subsidiária da Perception, na altura dirigida por Patrick Adams, para registar o Lp que o perpetuaria para, logo de seguida, desaparecer sem deixar rasto.

    “I just got to know” é um dos grandes temas desse sólido e marcante álbum.

    Uma verdadeira obra-prima Soul, escrita por Julius Brockington, para o seu grupo familiar, um ano antes, que aqui atinge um nível estratosférico, estando entre os maiores clássicos de música negra daquela década.

     

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  • Poder Soul

    30 agosto 2021 – 3 setembro 2021

    Quinta-feira

    Sweet Talks

    Time is running out

    Mercury

    Entre o fim da década de 50 e o início da de 70, o lendário cantor, teclista, compositor e produtor ganês Joe Mensah, já havia passado pela Stargazers Dance Band, pela Broadway Dance Band e pela Uhuru Dance Band, antes de assumir o lugar de Smart Nkansah, enquanto líder dos Super Sweet Talks of Africa.

    Entre os princípio dos anos 70 e meados dos 80, o colectivo transformou-se numa das maiores referências internacionais do Highlife, tendo gravado perto de duas dezenas de Lps, onde se aventurou por outros territórios da música popular.

    É o caso do álbum homónimo que registou em 78, para a Mercuy: um disco que é fruto da associação de Mensah com Wayne Henderson e McKinley Jackson, que foi gravado em Hollywood, usando alguns prestigiados músicos de sessão da Costa Oeste e que se transformou num absoluto clássico Disco Soul.

    “Time is running out” é, na minha opinião, o momento supremo desse excelente longa-duração.

    Uma maravilhosa e sofisticada versão do tema escrito por McKinley Jackson e Shirley Jones, para o projecto allstar da Impulse! – Brass Fever – que é muito mais certeiro que o original e nunca falha quando lançado numa pista de dança.

     

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  • Poder Soul

    30 agosto 2021 – 3 setembro 2021

    Sexta-feira

    True Image

    Keep me dancing

    Willkerr

    Fundado por James Terry e pelo cantor de culto, nativo do Alabama, Clarence Mann, os True Image tiveram uma curta carreira, mas, mesmo assim, a exemplo do que aconteceu com a sua voz principal, assinaram alguns dos grandes hinos da cena Soul especializada.

    Entre 77 e 82, gravaram sete singles para independentes como a Super Smash, a Flower’s, a T.K., a Juana, a Willker e a Wass, entre os quais se encontra um trio de sete-polegadas altamente colecionáveis.

    Editado em 81, pela Willkerr, pequena, mas decisiva, marca fundada por George Kerr e William Pruit, que nos deu monstros de Ike Strong ou dos Infinity – “Keep me dancing” – que também tem uma versão maxi, remisturada por Lenis Guess, é, na minha opinião, a sua maior contribuição para as pistas de dança.

    Um autêntico Graal Modern Soul, temperado pelo Disco e pelo Boogie, de extrema raridade nesta versão de sete-polegadas, que apenas foi usada com fins promocionais, mas que, felizmente, foi reprensada pela Athens of the North, há alguns meses.

     

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