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Não se sabe absolutamente nada acerca de Peaches e este é o único vestigio da sua existência.

Ainda assim, entre a análise da informação que nos é dada no rótulo deste sete-polegadas e a sua audição, é possível tirar algumas conclusões.

Será um dos projectos promovidos pelo carismático líder de orquestra, compositor, produtor e editor, de Los Angeles – Bumps Blackwell – na sua Bump’s Record Co., pequena independente local que também nos deu singles de culto, como “The dogs”, de Gil Bernal.

Gravado em 1961, “Please don’t take my man” transformou-se num cobiçado tesouro entre os mais obstinados adeptos das cena Mod e Rhythm + Blues.

Um enorme cruzamento entre a mais precoce Soul e uns Rhythm + Blues, contaminados pela Pop e pelo Rock’n’Roll do momento, que nunca falha quando lançado numa pista e que, sendo raro e valioso no seu formato original, pode ser assegurado no terceiro volume da série “R’n’B meets Northern Soul”.

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Billy Kennedy é um obscuro cantor de Detroit que, em mais de vinte anos de actividade artística, apenas gravou três singles.

Iníciou este percurso em 1965, quando, apadrinhado por Don Juan Mancha, mítico compositor e produtor da Motor City, que havia trabalhado com nomes chave como Barrett Strong, Buddy Lamp, Wilson Pickett, Emanuel Laskey, Betty LaVette ou Billy Hambric, entre outros, foi contratado pela Thelma, marca, com o nome da sua filha, fundada pelos pais da primeira mulher de Berry Gordy – Robert e Hazel Coleman – numa tentativa de replicar o sucesso do seu ex-genro.

Embora as expectativas fossem altas, “This is a groovy generation” não teve o êxito esperado, mas transformou-se num dos maiores discos da cena Northern Soul, imortalizando este cantor, que só voltaria a estúdio cerca de vinte anos mais tarde.

Uma contagiante canção, que concentra todos os elementos da Soul de Detroit, pós- Motown, e que se transformou numa arma de eleição de Djs chave do fanático movimento britânico, como Richard Searling.

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Ainda teenagers, Robert Goodson Jr., Terry Milliner e Raymond Travis, formaram os Stone Creations, nos subúrbios de Cleveland, no Ohio, em 1969.

Durante particamente dois anos, a banda quase não saiu da garagem de casa da família Goodson, até ter sido reforçada por Joe Jenkins e pelo seu tio Raymond Bruton que, não só tomou conta das vozes, como se tornou no seu experiente frontman, permitindo-lhe começar a tocar no circuíto local e ter outro tipo de visibilidade.

Nessa altura, Bill Jacocks, então vizinho dos Goodson, estava a trabalhar no documentário, sobre questões raciais – “Hands on a Golden Key” – para a WEWS-TV e, não tendo budget para música, desafiou os Stone Creations, a tocarem a música de abertura do filme, em troca de uma pequena edição de um sete-polegadas, que viria a ser o seu único disco.

Editado em 73, pela Fly-By-Nite, marca criada por Jacocks para o efeito, que também nos viria a dar o marcante “Questions”, de Pat Stallworth – “The “it” song” – ainda levou os Stone Creations até Detroit, onde foram residentes do Sahara Supper Club, mas a sua carreira esfumou-se quando o prestigiado espaço ardeu, por completo, com o seu material lá dentro.

Ainda assim, esta pérola Funky Soul transformou-se num cobiçado troféu entre os mais progressivos Djs e colecionadores da cena especializada, tendo ganho um crescente protagonismo nos seus mais esclarecidos clubes.

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Umas das maiores referências da história do Funk, os Meters dispensam apresentações.

Formada em New Orleans, em 1965, quando Art Neville resolveu juntar-se a Leo Nocentelli, Joseph “Zigaboo” Modelist e George Porter Jr., a primeira e mais decisiva encarnação desta incontornável banda, gravou oitos sólidos Lps, entre 69 e 77, onde se encontram hinos absolutos, como “Cissy strut”, “Hand clapping song” ou “Look-ka Py Py”, entre outros.

Foi ainda decisiva enquanto backing-band de Allen Tousaint e da sua Sansu Records ou em gravações históricas de nomes como Lee Dorsey, Dr. John, Labelle ou Robert Palmer.

Gravado em 74, para a Reprise, como parte do Lp “Rejuvenation” – “Just kissed my baby” – será uma das suas mais inesquecíveis incursões pelo território da Soul.

Uma verdadeira obra-prima que mostra porque é que esta genial banda se distinguia das restantes, está entre a melhor e mais carismática música negra daquela década e é absolutamente obrigatória em qualquer coleção que se preze.

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Formada por três dissidentes dos míticos T.S.U. Tornados – Allison, Jerry Jenkins e Nelson Mills – a South Funk Boulevard Band nasceu em Houston, no Texas, em 1971.

Inicialmente liderado por Allison, que então se assumiu como cantor e que já teve o devido destaque no Poder Soul, o grupo gravou dois Lps e igual número de singles, para as independentes Ovide, Crazy Cajun e Captain Funk, entre 71 e 79.

Gravado em Birmingham, no Alabama, prensado pela misteriosa Captain Funk, sediada na pequena cidade do Mississippi, Natchez, exactamente a meio caminho de volta a Houson, e creditado a Skying High – “Getting off on your loving” – é o lado A de um supremo double-sider e terá sido o seu derradeiro e mais genial disco.

Uma imensa canção Disco Soul, com uma intro ultra-original e uma produção bastante excêntrica e futurista, que se transformou num disputado clássico, entre os menos ortodoxos Djs da cena especializada, desde que foi introduzida nas pistas de dança, por Keb Darge, na segunda metade dos anos 90.

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