• Poder Soul

    25 abril 2022 – 29 abril 2022

    Segunda-feira

    Gladys Bruce

    I've got a feeling for you baby

    DiVenus / Kent

    Gladys Bruce foi uma cantora e compositora nova-iorquina que teve um relativo protagonismo nas cenas Jazz e Soul da Grande Maçã, nas décadas de 50 e de 60.

    Entre 1950 e 69, para além de ter escrito temas gravados por nomes como Illinois Jacquet ou Chet Baker, editou dois dez-polegadas e uma mão cheia de sete, para a Coral, a Prom ou DiVenus.

    “I’ve got a feeling for you baby” terá sido gravado, para esta última, a meio dos anos 60 mas, mesmo sendo o seu supremo momento, acabou por ficar arquivado até 2010, ano em que foi desvendado pela Kent.

    Uma incisiva canção que cruza de forma intensa Rhythm + Blues, Soul e Rock’n’Roll, que ganhou o estatuto de culto na cena Mod, à custa de um acetato inalcançável e que, finalmente, está acessível a todos os amantes da melhor música negra.

     

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  • Poder Soul

    25 abril 2022 – 29 abril 2022

    Terça-feira

    World Wonders

    Funky washing machine

    Alarm

    Os World Wonders foram uma misteriosa banda Funk, de Shreveport, no Louisiana, que apenas gravou um sete-polegadas, nos primeiros anos da década de 70.

    Terão sido uma das apostas de Dee Marais, um compositor e produtor, associado de Leonard Chess, que sendo nativo de Minneapolis, fez a maior parte da sua carreira naquela cidade, tendo colaborado com nomes como Ann Alford, Abraham, Charles Crawford ou Gospel Travelers e com independentes como a Hy Sign ou a Alarm.

    “Funky washing machine” foi gravado para esta subsidiária da Sound City Recording Corporation, de Don Griffin, Jerry Strickland e Lewis S. Robinson III, e transformou-se num hino Deep Funk.

    Um contangiante instrumental que tem levado pistas ao delírio, desde que foi introduzido nos clubes especializados a meio dos 90, e que foi reprensado pela Tramp, em 2017.

     

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  • Poder Soul

    25 abril 2022 – 29 abril 2022

    Quarta-feira

    Ruby Jones

    Stone junkie

    Curtom

    Ruby Jones nasceu Constance Henrietta Mierzwiak, em Toledo, no Ohio, em 1959.

    Começou a cantar aos nove anos de idade e, aos doze, gravou o seu primeiro disco, sob o pseudónimo Connie Little, designação que usou até ao fim da década de 60 e que resultou na edição de quatro singles, através da Raymier, da Town + Country, da Elmor e da Rambo IV.

    Apesar de ser branca e numa fase em que passou a usar o nome Ruby Jones, assinou contrato com a Curtom, de Curtis Mayfield, para editar três singles e um Lp, entre 71 e 72.

    Depois de passar pelos Black Oak Arkansas, rebaptizou-se como Ruby Starr e até a meio dos anos 80, assinou uma mão cheia de Lps e um sem número de singles, a solo e com os Grey-Star.

    Produzido por Curtis Mayfield, “Stone Junkie” é o tema que fecha o seu álbum de estreia, atribuído a Ruby Jones e o seu mais excepcional momento.

    Uma grande canção, que mistura com mestria iguais doses de Rock, Funk e Soul e que revela bem o seu imenso talento vocal.

     

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  • Poder Soul

    25 abril 2022 – 29 abril 2022

    Quinta-feira

    The IgG Band

    I still want you

    Infusion

    Kendal Foster, Murray J. Riggins, Kermit White, Ronald Townsend, Clifford E. Becker, Darrell Rose e Kenneth Bledshoe eram alunos do Meharry Medical College, em Nashville, quando decidiram formar a IgG Band, em Março de 1979.

    Baptizado com a abreviatura de Imunoglobulina G, o grupo começou por ser uma forma de descomprimirem da pressão que implicava tirar o exigente curso de Medicina, mas os seus ensaios semanais levaram-nos bem mais longe.

    Depois de uma estreia de sonho num concurso de talento da Universidade e de uma calorosa aparição num restaurante local, a IgG Band, decidiu ir a um pequeno estúdio onde registou uma demo composta pelos seus originais, ao lado de versões de temas de Gil Scott-Heron, Deniece Williams ou Brothers Johnson, que a incentivou a investir na gravação de um Lp.

    Em 1980, marcaram as sessões no Hilltop Studio, que resultaram na edição de “Ultra / Sound”, o seu único e ultra-colecionável disco, auto-editado, através da Infusion, marca que criaram para o efeito.

    Esgotaram as mil cópias que tinham prensado num abrir e fechar de olhos, tornaram-se num fenómeno local e até foram assediados pela Arista, mas a medicina falou mais alto e o grupo dissolveu-se à medida que os seus membros se graduaram.

    “I still want you” é um dos temas do seu maravilhoso Lp e mostra bem a talento e potencial destes jovens estudantes que, sem quererem, ficaram na história da mais independente música afro-americana.

     

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  • Poder Soul

    25 abril 2022 – 29 abril 2022

    Sexta-feira

    E.T.

    S,Port City Rock

    De-Pact

    Earl Turner cresceu em Fayette, no Missouri, no seio de uma família ligada à música: a mãe era uma dotada pianista e o pai um cantor que se sentia tão à vontade com o Gospel como com o Country.

    Foi com naturalidade que aos treze, se tivesse estreado em palco, de baixo na mão, ao lado do seu irmão baterista, cinco anos mais novo.

    Com dezanove foi para a estrada com The Earl White Revue, um grupo de Chicago, com quem passou sete anos e se preparou para tomar conta de uma carreira em nome próprio, que se estende até aos nossos dias e que o levaria a ser figura de proa em cidades como Las Vegas ou New Orleans e a assinar um disco que chegou ao Top 40 europeu, em 1985.

    Ainda assim e apesar de ser um artista estabelecido e de sucesso, esse foi o derradeiro dos dois únicos discos que editou.

    Gravado uns anos antes, durante uma estadia prolongada em Shreveport, no Louisiana – “S,Port City Rock” – foi o seu sete-polegadas de estreia, passou completamente despercebido nessa altura, mas é a sua grande contribuição para a cena especializada.

    Uma imensa canção Disco Soul, que nunca falha quando lançada numa pista de dança e que se transformou num incontornável clássico Deep Disco.

     

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