• Poder Soul

    22 agosto 2022 – 26 agosto 2022

    Segunda-feira

    Ed Robinson

    Hey Blackman (pt.1)

    GM

    Edward Clay Robinson foi um produtor, compositor, músico e cantor de Detroit, que teve um papel de relevo na cena Gospel internacional, para além de ter assinado um par de hits Soul.

    Conhecido como Eddie Robinson, começou o seu percurso artístico, em 1970, associado aos míticos GM Studios, como escritor de repertório para discos de nomes como Jones Girls, Fork on the Road ou Tony + Tyrone, e, até aos primeiros anos da década de 90, colaborou com gente como Lea Roberts, Marlena Shaw, The Dramatics ou Melba Mooore, na Soul, e James Cleveland, Tessie Hill, Liz Dargan + The Gospelettes, The Crowns of Glory e Mildred Clark, no Gospel.

    Em nome próprio, gravou dois Lps e uma mão cheia de singles, entre 1970 e 79.

    Deixou-nos em 2014, depois de levar o seu talento a palcos de todos os Estados Unidos, do Japão, de África e da Europa.

    “Hey Blackman” foi editado em single em 70, primeiro pela GM e, depois, pela Cotillion, foi o seu maior êxito e é um absoluto clássico Soul.

    Uma enorme e politicamente empenhada canção dividida em duas partes distintas – a primeira, a que vos trago, mais lenta e a segunda mais intensa e rápida – que deve contar em qualquer coleção que se preze, até porque ainda é uma verdadeira pechincha.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    22 agosto 2022 – 26 agosto 2022

    Terça-feira

    Bobby Dukes

    Just to be with you

    Saru

    Bobby Dukes foi um obscuro compositor e cantor de Cleveland, no Ohio, que esteve activo na primeira metade dos anos 70.

    Apesar de ter assinado um número importante de canções para nomes como Ponderosa Twins + 1, The O’Jays, Sir Stanley, Elements, Imperial Wonders, Changing Tymes ou Sophisticated Laies, apenas gravou dois sete-polegadas, entre 71 e 75: uma a solo e outro em dueto com Cindy, um pseudónimo de Cynthia Woodard, uma das vozes do trio de culto The Ba-Roz.

    “Just to be with you” foi a sua estreia em disco, através da Saru, importante independente local, fundada por Chuck Brown e Frank Keys e o seu maior hino em nome próprio.

    Uma imensa canção, com uma produção e uns arranjos imaculados, que também gravada pelos O’Jays e pelos Elements mas que ganha a dimensão que merece na voz do seu autor.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    22 agosto 2022 – 26 agosto 2022

    Quarta-feira

    Soul Messengers

    Victory

    Kingdom Production

    Liderados por Bem “Ammi” Carter, mentor de um dos mais activos Black Hebrew Groups de Chicago, e formados por Thomas “Yehudah” Whitfield, John “Shevat” Boyd and Charles “Hezekiah” Blackwell, os Soul Messengers nasceram em Dimona, cidade israelita adoptada por estes músicos da Windy City, a exemplo do que aconteceu com mais três mil judeus afro-americanos.

    Tudo começou quando, inspirado por Marcus Garvey, Amni decidiu procurar as suas origens na Libéria, onde esteve três anos na viragem dos 60 para os 70, antes de se fixar em Israel, onde viria a ser o grande impulsionador daquela que alguns chamam a Motown do Médio Oriente.

    Entre os músicos que se fixaram em Dimona e que também nos deram os Sons of the Kingdom ou os Tonistics, grupos que já foram trazidos a este espaço, estavam os experientes Hezekiah, membro dos importantes Metronomes que, com os seus parceiros Yehudah e Shevat, formaram a sua principal banda.

    Entre 75 e 80, para além de terem colaborado com o nigeriano Emma Dorgu e com os Sons of The Kingdom, gravaram três Lps e um single, para a CBS e a sua Kingdom Production, tendo assinado um sem número de hinos.

    Parte de “We try”, o seu derradeiro longa-duração, autoeditado em 78 – “Victory” – é um dos seus mais excepcionais momentos.

    Um contagiante monstro Funk instrumental, que retrata na perfeição o imenso talento desta comunidade de músicos cujo trabalho foi recuperado pela Numero Group em “Soul messages from Dimona”.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    22 agosto 2022 – 26 agosto 2022

    Quinta-feira

    Kip Carmen

    Stampede

    Long Island Sounds

    Descendente da tribo índia Montauk, Kip Carmen nasceu em Huntington, Long Island.

    Começou a dançar e a cantar na Shinnecock Indian Reservation, com apenas sete anos.

    Aos catorze formou a sua própria banda e, depois de se graduar, conseguiu entrar para a United States Military Academy Band, uma das mais exigentes e competentes bandas do país, sediada em West Point.

    Com uma sólida formação, Kip Carmen acabou por assinar contrato com a Hi Records, no início dos anos 70, e, entre 73 e 80, gravou um Lp e quatro singles, para a Queen Bee, a Mach, a Reveille ou a sua Long Island Sounds.

    Depois de mais de três décadas afastado dos discos, foi resgatado pela Izipho Soul, para quem gravou mais dois sólidos sete-polegadas, entre 2019 e este ano.

    “Stampede” é um dos temas de “Just for tonight”, o seu único longa-duração, e a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Uma grande canção Disco Soul, temperada pelo Funk e pela Pop, que não sendo fácil de assegurar no seu formato original, foi incluída no terceiro volume de “Can you feel it?”, editado pela Tramp, no ano passado.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    22 agosto 2022 – 26 agosto 2022

    Sexta-feira

    Fir-Ya

    Keep on tryin'

    Star-Glow

    Composta por David Mondebello, David Hyde, Marsh Payne e George Roselli, Fir-Ya foi a banda que acompanhou George Perkins nos últimos anos da sua carreira discográfica e que arrancou como New Revue.

    Nascido em 1942 em Denham Springs, uma pequena localidade nos arredores de Baton Rouge, no Louisiana, Perkins iniciou o seu percurso artístico como membro dos Silver Stars, um grupo Gospel que gravou três singles e um Lp.

    Em 1969, gravou “Cryin’ in the street”, em reação ao assassinato de Martin Luther King Jr., tema que lhe rendeu a atenção suficiente para lhe garantir a edição de mais quase dezena e meia de singles, até 80, através de marcas como a Golden-Records of La., a Soul Power ou a Royal Shield e a GP, independentes que dirigiu.

    Gravado em 1980, para a Star-Glow – “Keep on tryin’” – é o único disco atribuído, exclusivamente aos Fir-Ya e, na minha opinião, o mais genial momento de George Perkins.

    Uma verdadeira obra-prima Modern Soul que, desde que a descobri, no fim dos 90, até aos nossos dias, multiplicou por dez a sua cotação.

     

    ▶️ OUVIR