• Poder Soul

    18 julho 2022 – 22 julho 2022

    Segunda-feira

    Bob + Fred

    I'll be on my way

    Big Mack

    Bob Thomas foi um talentoso cantor, nativo de Detroit, que parece ter tido apenas esta experiência em estúdio.

    Também oriundo da Motor City, Fred Brown já tinha escrito meia-dúzia de canções, gravadas por nomes como J.J. Barnes, Gloria Taylor ou Leon Peterson para a Kable, a Mickay’s ou a Ring, pequenas independentes que tinha fundado com Joe Hunter.

    Juntos foram até aos McCoy Recording Studios, para usufruírem de uma promoção que, por 14 dollars e 95, lhes garantia a gravação de uma canção e a sua prensagem no acetato de sete-polegadas.

    Esta iniciativa revelou-se uma fonte de captação de talento para a Big Mack, decisiva marca de Ed McCoy, e, aquilo que seria uma curta sessão única para Bob e Fred, transformou-se numa semana de trabalho que resultaria na gravação do mais cobiçado e emblemático disco da editora.

    Registado em 1966, “I’ll be on my way”, teve um airplay reduzido e uma pobre distribuição, mas transformou-se num verdadeiro Graal Northern Soul.

    Uma obra-prima, cujas cópias originais trocam de mãos na casa dos três milhares, que teve uma reedição, em 97, através da Goldmine Soul Supply, que também não é acessível e que, finalmente, foi reprensada pela Deptford Northern Soul Club, no ano passado, para júbilo dos comuns mortais.

     

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  • Poder Soul

    18 julho 2022 – 22 julho 2022

    Terça-feira

    Joey Jefferson Band

    Revolution Rap

    Mutt + Jeff

    Joey Jefferson é um músico, compositor e produtor de Los Angeles que, ao lado da sua mulher, Latrail foi protagonista da cena independente local, desde 1965, ano em que fundou a Mutt + Jeff, até ao fim dos 80.

    As suas editoras, que também incluíram a California Gold ou a Rap Session, deram-nos discos de culto de nomes como Sunlover’s, Cal Green, Joyce Lawson, Rudy Ray Moore, Vernon Garrett, The Worlds Funkiest Band, Rare Gems, Bilalian Creation ou Clarence Mann.

    Em nome próprio, a Joey Jefferson Band apenas editou dois Lp e um maxi-single, entre 75 e 89.

    “Revolution Rap” é o tema de abertura do seu primeiro longa-duração, homónimo, e o seu mais histórico momento.

    Um enorme instrumental Funky Soul, que foi estreado por Cal Green, num sete-polegadas editado três anos antes, mas que foi alvo de overdubs e nova mistura para ganhar uma dimensão extra nesta versão.

     

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  • Poder Soul

    18 julho 2022 – 22 julho 2022

    Quarta-feira

    Illinois Connection

    Po boy's dream

    Funk 45

    Não é a primeira vez que Herman Jackson marca presença no Poder Soul.

    É que o percurso deste saxofonista, nativo do Arkansas, começou em 1967, quando se juntou ao cantor Abraham Johnson e a alguns colegas de escola para formar os Abraham + his Sons.

    Cinco anos mais tarde, a banda gravou o Graal Deep Funk “Party” que, depois de ter ficado a aguardar a possibilidade gorada de sair através da Hot Buttered Soul, de Isaac Hayes, acabou por ser autoeditada, em 74.

    Durante este período foram convidados a ter uma residência de duas semanas no Prairie Lands Club, em Champaign, no Illinois.

    O impacto desta estadia foi tal que, depois do flop do seu único disco, foram contratados para voltarem a vários palcos daquele Estado.

    Como a banda já tinha acabado, Herman Jackson reuniu Larry Moss, Albert Shaw, Joe Taylor, James McKintosh e Thomas Meeks e formou a Illinois Connection.

    Mais uma vez, voltou a estúdio, em 77 e 78, e ficou à espera de uma resposta negativa da Chi-Sound, durante mais um par de anos, acabando por cessar a actividade de mais uma aventura.

    “Po’s Boy Dream” é um desses temas que ficaram esquecidos durante duas décadas e meia, mas acabou por ser desvendado pela Jazzman, em 2003.

    Um tremendo instrumental que, felizmente, foi incluído na recolha “Midwest Funk” e prensado em sete-polegadas, ao lado do clássico de Abraham + The Metronomes, pela Funk 45.

     

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  • Poder Soul

    18 julho 2022 – 22 julho 2022

    Quinta-feira

    H. Andrews + Company

    Frisco Disco

    Balance

    Nativo de Kingston, na Georgia, Harold Andrews mudou-se para a Califórnia à procura de uma vida melhor e acabou a fazer a diferença.

    Gravou o seu primeiro single em 1962 e, até 68, editou mais três sete-polegadas, para além de ter trabalhado com a Galaxy, ter escrito e produzido discos de Little Johnny Taylor, Little Ronnie + The Chromatics ou The Inticers e fundado a sua primeira editora: a HLS Records.

    Depois de um intervalo em que se dedicou a ajudar a melhorar a vida dos mais pobres ghettos de San Francisco, com a fundação do Common Folk Social Club e do Happy Day, um evento anual para os mais desprotegidos, regressou à sua carreira artística, em 72, para criar a Balance Records e formar a Congregation, banda que mais tarde se transformaria em Company e com que viria a gravar um Lp e quatro singles.

    Gravado em 76, “Frisco Disco” é um desses sete-polegadas e a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Uma grande canção Disco Funk, que deve constar na mala dos mais progressivos Djs, até porque ainda é relativamente acessível no seu formato original.

     

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  • Poder Soul

    18 julho 2022 – 22 julho 2022

    Sexta-feira

    Grey + Hanks

    For the People

    RCA

    Formada por Zane Grey e Len Ron Hanks, a dupla Grey + Hanks é mais conhecida pelo seu trabalho de composição do que pelo seu percurso em nome próprio.

    Entre o início dos anos 70 e o dos 80, escreveram juntos dezenas de canções para nomes como Darrow Fletcher, Oscar Brown Jr., Jerry Butler, Esther Phillips, L.T.D., Jean Terrell, Breakwater, Thelma Jones ou Patti Austin, entre muitos outros, para além daquelas que assinaram individualmente.

    Entre 78 e 80, gravaram dois Lps, para a RCA, dos quais foram retirados cinco singles e que renderam alguns clássicos.

    “For the People” é o tema de encerramento de “Prime time”, o seu derradeiro longa-duração, e, não sendo nenhuma das suas mais conhecidas canções, é aquela que tem mais presença na minha mala.

    Um explosivo tema Boogie que nunca falha quando lançado na pista de dança e que continua à espera de rebentar com os mais esclarecidos clubes.

     

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