• Poder Soul

    16 agosto 2021 – 20 agosto 2021

    Segunda-feira

    Clifton White + his Royal Knights

    Ain’t no love

    PMRC

    Clifton White nasceu em Opelousas, no Louisiana, em 1927.

    Iníciou o seu percurso artístico na segunda metade da década de 50, como guitarrista da banda de Sam Cooke, estrela que acompanhou até à sua morte, no Hacienda Motel, em 1964, e que, dois anos antes, apadrinhou a sua estreia em disco, através da sua SAR.

    Em 68, Eddie Shuller, o poderoso fundador da Goldband, que tinha acabado de fundar a Anla, com o intuíto de editar a Soul e o R+B da zona de pantanos que ligam o sul do Louisiana ao este do Texas, contratou Clifton White e os seus Royal Knights para editarem três singles, que não lhes viriam a render grande coisa.

    Antes de tentar a sua sorte a explorar o Zydeco local, ainda foi até aos Lowland Studios, em Beaumont, no Texas, para gravar o sete-polegadas que lhe iria garantir um lugar na história.

    Editado em 71, pela PMRC, marca do mítico estúdio low-budget que, por 300 dollars, prensava 300 cópias dos singles registados em sessões de 3 horas – Ain’t no love – é o lado b desse colecionável double-sider e, para mim, o seu momento de glória.

    Uma tremenda versão instrumental de “I’ve never loved a girl”, de Eddie Floyd, que não deve nada ao melhor que nos deram os T.S.U. Tornadoes e que é um dos 45 enormes singles reunidos na tremenda caixa da Numero Group: “Eccentric Soul: Omnibus Vol.1”.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    16 agosto 2021 – 20 agosto 2021

    Terça-feira

    Brother to Brother

    Chance with you

    Turbo

    Michael Burton é um cantor, guitarrista, compositor e produtor, nativo de St. Louis, no Missouri, que, para além de ter trabalhado como o inevitável Oliver Sain, se destacou enquanto colaborador das operações editoriais da tentacular Sylvia Robinson e das suas marcas: Turbo, All Platinum e Stang.

    Depois de ter editado um single em nome próprio, em 72, fundou os Brother to Brother, dois anos mais tarde, socorrendo-se do imenso talento dos músicos de sessão do império de Robinson, primeiro dos Wood, Brass + Steel e, ao longo dos anos, de nomes como Billy Jones, Bernardette Randle, Clarence Oliver ou Jonathan Williams.

    Entre 74 e 81, o projecto editou quatro Lps e meia-dúzia de singles, através da Turbo e da Sugar Hill, deixando-nos alguns clássicos e hits, desde a sua versão de “The Bottle” a “Monster Jam”.

    Gravado em 76, como parte de “Let your mind be free”, o seu segundo longa-duração, mas também prensado em sete-polegadas – “Chance with you” – é, na minha opinião, o seu mais obrigatório tema.

    Uma grande canção Funky Soul, que se transformou num absoluto clássico Rare Groove e que deve constar de qualquer coleção que se preze, até por pode ser assegurado por uma bagatela.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    16 agosto 2021 – 20 agosto 2021

    Quarta-feira

    South Side Coalition

    Get off your seats and jam

    Brown Dog

    A misteriosa South Side Coalition parece ser fruto da associação de Larry Tinsley e de Tommy Stewart.

    Nativo de Decaturville, no Tennessee, Tinsley fixou-se em Atlanta, em 1971, para ocupar um lugar na WAOK, estação de rádio que este Dj de culto viria a dirigir.

    Terá sido enquanto locutor que terá conhecido Tommy Stewart, decisivo cantor, músico, compositor e produtor local que, além de ter colaborado com vedetas como Clarence Carter, Candi Staton, Johnny Taylor, Major Lance, Eddie Kendricks, Luther Ingram ou Millie Jackson e com grandes artístas obscuros como Eula Cooper, Richard Marks, Spirit of Atlanta ou Billy Byrd, assinou verdadeiros Graals, quer a dirigir Stevo, quer em nome próprio.

    Juntos patrocianaram os dois únicos sete-polegadas da South Side Coalition, editados entre 75 e 76, pela Brown Dog, pequena subsidiária da Nova Iorquina Mainstream.

    “Get off your seats and jam” é o primeiro desses discos e a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Um contagiante petardo Disco Funk, que não deixa ninguém indiferente e que pode ser assegurado por meia-dúzia de euros.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    16 agosto 2021 – 20 agosto 2021

    Quinta-feira

    Althea Forrest + Togetherness

    Hey Mister

    Crystal

    Althea Forrest é uma cantora jamaicana que se notabilizou, quando, com 17 anos e em dueto com Donna Reid, assinou o hino “Uptown to ranking”, em 1977.

    Mas Althea Forrest não iniciou o seu percurso artístico com este hit.

    Um ano antes, depois de ter assinado contrato com a Crystal Records, marcante editora fundada por Derrick Harriot, na segunda metade da década de 60, gravou os seus três primeiros sete-polegadas, alguns dos quais se tornaram clássicos entre os mais esclarecidos adeptos de música negra.

    “Hey Mister” é o seu disco de estreia e, para mim, a sua pérola maior.

    Um delicioso cruzamento entre Reggae, Disco e Soul, com uns arranjos soberbos e uma produção altamente futurista, que soa hoje tão bem como quando foi gravado e que é uma arma de eleição nas malas dos mais progressivos Djs da actualidade.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    16 agosto 2021 – 20 agosto 2021

    Sexta-feira

    JPQ

    Take it to the bank

    Jam-A-Ditty

    Nativo de Greensboro, na Carolina do Norte, o cantor e guitarrista Jimmy Person começou a tocar em eventos e em programas ocasionais da estação local WFMY-TV, no príncipio da década de 70.

    A visibilidade conseguida valeu-lhe o convite para uma residência no Sammy’s, um restaurante que tinha música ao vivo, e foi lá que, ao lado de Rhoda Randolph, sua irmã, Marilyn Person, sua mulher, e Charles Carlton, Cirt Gill, Larry Clay e Talib Din, nasceu o JPQ ou Jimmy Person Quintet.

    Apesar de ser presença assídua nos palcos da Carolina do Norte e do Sul e da Virginia, de ter aberto concertos de nomes como Melba Moore, Archie Bell ou The Spinners e de ter participado na gravação de um trio de singles de culto, editados pela Jam-A-Ditty, o grupo apenas registou um Lp, em 1983, lançado por esta independente local, que terá sido fundada por Cirt Gill.

    “Take it to the bank” é um dos grandes temas que fazem parte de “Quintessence”, álbum que se transformou num disputado troféu entre os mais abastados Djs e colecionadores da cena especializada.

    Uma imensa canção Soul, eminentemente instrumental e contaminada pelo Jazz e pelo Funk, que é um cartão de visita perfeito de um disco completamente obrigatório, pelo menos desde que foi reprensado pela Tidal Waves, no ano passado.

     

    ▶️ OUVIR