• Poder Soul

    11 abril 2022 – 15 abril 2022

    Segunda-feira

    Mother Night

    Fools are you

    Columbia

    Os irmãos Skip e Sonny McPhee, Ronnie Pace, Eddie Martinez, Val Burke, Arnold Ramsey, Gary Pribek, Bill Ohashi e um nono elemento não identificado formaram os Mother Night, em Nova Iorque, no princípio dos anos 70.

    Terão começado a colaborar juntos enquanto músicos de sessão de marcas de Sylvia Robinson, como a All Platinum ou a Stang, tendo colaborado em discos de Willie + The Magnificents, como Skip Sonny + The Pace Brothers, ou dos Moments.

    Entre 72 e 73, gravaram um Lp e dois singles, para a Columbia e a Buddah, deixando a sua marca na fusão da Soul com o Rock e a música Latina, antes de porem fim ao seu curto percurso e seguirem caminhos diferentes.

    “Fools are you” é um dos temas que compõe o seu único longa-duração, homónimo, e o seu momento supremo.

    Uma grande canção Funky Soul, temperada pelo Rock e pelo Latin Jazz, que está ao nível do melhor que nomes como os War ou os Mandrill nos deram e deve constar em qualquer coleção que pretenda cobrir este tipo de cruzamento.

     

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  • Poder Soul

    11 abril 2022 – 15 abril 2022

    Terça-feira

    Dale Dennard

    If you can live with yourself

    Coach

    Dale Dennard foi uma misteriosa cantora de Detroit, que apenas gravou um single e que, mesmo assim, assegurou um lugar de culto entre os adeptos da mais obscura música afro-americana.

    Não existe qualquer informação biográfica a seu respeito e único registo da sua existência é esse sete-polegadas editado pela pequena independente local – Coach Records – em 1972.

    Algo que se estranha, quando se é confrontado com a alta sofisticação dos seus arranjos e da sua produção, que tal como a sua composição, são assinados pela própria Dale Dennard.

    “If you can live with yourself” é o lado B deste espantoso double-sider e, na minha opinião, o mais de genial dos seus dois grandes temas.

    Uma verdadeira obra-prima, que funde Soul, Jazz e umas pitadas de Folk de uma forma superior, nos remete para o génio de Charles Stepney, e se transformou num clássico obrigatório da cena Rare Groove.

     

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  • Poder Soul

    11 abril 2022 – 15 abril 2022

    Quarta-feira

    Faye Marshall

    Goin' home

    Brown Door

    Faye Marshall foi uma cantora californiana que esteve activa entre a segunda metade da década de 70 e o fim da de 80.

    Entre 1976 e 85, gravou quatro singles, em Los Angeles e na Baía de San Francisco, para independentes de culto como a Icepac ou a Brown Dog, e para a Fay-Don, pequena marca que terá criado em parceria como o misterioso produtor Booker T. Randon, antes de ir até Washington D.C. registar o seu derradeiro doze-polegadas, prensado em 87 pela T.T.E.D., editora chave da cena Go Go, com ligações aos Trouble Funk.

    Escrito pelo decisivo Marvin Holmes e lançado inicialmente na sua Brown Dog – Goin’ home – foi gravado em 77, é o lado b do segundo single de Faye Marshall e, para mim, o mais especial dos vários clássicos que nos deixou.

    Uma imensa canção midtempo, fortemente inspirada no futurismo de Sly Stone, que foi alvo de uma disputa de direitos que culminou numa segunda prensagem, através da Inner City, de George Semper, que é a forma mais acessível de a assegurar.

     

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  • Poder Soul

    11 abril 2022 – 15 abril 2022

    Quinta-feira

    The Checkmates

    Disco Groove

    Wirl

    São várias as bandas com esta designação que terão lugar aqui no Poder Soul.

    Estes Checkmates nasceram na Jamaica e são uma segunda encarnação dos Upsetters, não o mítico grupo fundado por Lee Perry, mas a banda Ska, dirigida por Roland Alphonso.

    Entre 1962 e 67, ainda enquanto Upsetters, participaram na gravação de cerca de dezena e meia de singles, ao lado de nomes como Desmond Dekker ou Baba Brooks.

    Iniciaram o seu percurso como Checkmates em 65, para, nos doze anos que se seguiram, editarem meia-dúzia de sete-polegadas, através de marcas como Ska Beat e Studio One, na Jamaica, e Trex, Merry Disc e Wirl, nos Barbados.

    “Disco Groove” foi o seu derradeiro esforço e, para mim, o maior dos vários clássicos que nos deixaram.

    Um tremendo instrumental Disco Funk, com um inconfundível toque caribenho e um certeiro uso do sintetizador, que nunca falha quando lançado numa pista de dança e que acaba de ser reprensado pela Common Ground International.

     

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  • Poder Soul

    11 abril 2022 – 15 abril 2022

    Sexta-feira

    Sundown

    Spaced outta place Pt.2

    Parkside

    Nascido Joseph Anthony Fiddler, em Detroit, no Michigan, em 1958, Amp Fiddler é um dos mais subterrâneos heróis da cena musical da Motor City.

    Produtor, compositor, cantor e teclista de eleição, passou décadas na sombra, mesmo tendo acompanhado nomes como os Enchantment, Parliament / Funkadelic ou Prince, introduzido Jay Dee ao mundo da MPC para o mundo do Hip Hop nunca mais ser o mesmo, e, já depois de ter tido o reconhecimento que merecia, continuar a inovar ao lado de Moodyman ou Carl Craig.

    Apenas em 2002 começou a editar em nome próprio, mas vinte e dois anos antes tinha feito a sua primeira tentativa de emancipação.

    Prensado pela Parkside, independente que terá criado para o efeito, e creditado a uns Space Cadets, numa edição inicial, e aos Sundown, na tiragem que se seguiu – “Space outta place” – foi, na realidade, o seu primeiro disco, em nome próprio, e conquistou um lugar de culto no seio das cenas Deep Disco e Modern Soul.

    Um futurista instrumental Jazz Funk, contaminado pelo Disco e dividido em duas partes – uma mais lenta e outra declaradamente dirigida às pistas de dança – que tem sido alvo da disputa dos mais abastados Djs e colecionadores e que, felizmente, acaba de ser recuperada por Theo Parrish, na sua Sound Signature.

     

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