• Poder Soul

    10 janeiro 2022 – 14 janeiro 2022

    Segunda-feira

    Los Minimas

    1-2-3 Soul

    Orfeon

    Nano Concha, Luis Ortiz, Juan Ricardo Romero e Mauricio Santander formaram Los Minimas, em Santiago do Chile, em 1969.

    A banda foi uma das primeiras a aventurar-se pela Soul e pelo Funk, em território chileno, linguagens que Concha e Ortiz haviam descoberto quando fizeram uma tour pelo Canadá, integrados nos Topsis, grupo suporte de Miguel Zabaleta.

    Embora a sua carreira tenha sido curta e, entre 69 e 71, apenas tenham gravado um Lp e três singles, totalmente compostos por adptações de êxitos da música negra norte-americana, Los Minimas não só introduziram os géneros no país, como contribuiram com o baterista  – Luis Ortiz – para o histórico El Combo Xingu.

    Editado pela Orfeon, “1-2-3- Soul” foi a sua estreia em disco e um dos seus momentos supremos.

    Uma deliciosa versão uptempo do clássico dos T.S.U. Tornadoes – “Getting the corners” – cuja autoria é, erradamente, atribuída a Archie Bell, que leva qualquer clube ao delírio.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    10 janeiro 2022 – 14 janeiro 2022

    Terça-feira

    Pearl Farano + The High Lights of Joy

    Who's your boss

    Pearlsfar

    Pearl Farano é o nome de casada de Pearl Reeves.

    Nascida em Raleigh, na Carolina do Norte, em 1929, a talentosa cantora e guitarrista, iníciou o seu percurso artístico, vinte anos mais tarde, quando de mudou para Rahway, New Jersey, e foi contratada para integrar o Paul Farano Trio, depois de impressionar o seu líder num concurso de amadores, no Palace Blue Room.

    O clube nocturno encerrou em 51, a banda do seu futuro marido começou a percorrer toda a Costa Este e, em 55, Pearl foi contratada pela Harlem Records, na sequência de um concerto em Nova Iorque.

    Até 82, Pearl editaria cerca de sete singles, quase todos através da Pearlsfar, independente que fundou com o seu marido, depois de se fixarem em Boston, na década de 60.

    Gravado em 82, “Who’s your boss” foi o derradeiro disco desta cantora, que dois anos antes se converteu em líder religiosa, e o seu maior clássico, a par de “Cool with a groove”, sete-polegadas assinado como Pearl Reeves.

    Uma explosiva canção Gospel Funk, que destroi qualquer clube e que, sendo extremamente rara no seu formato original, faz parte da recolha “Divine Funk”, assinada por Greg Belson e editada pela Cultures of Soul, no ano que acaba de passar.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    10 janeiro 2022 – 14 janeiro 2022

    Quarta-feira

    Art Gentry

    This is my chance

    A-Bet / Kent Select

    Natural dos arredores de St. Louis, Art Gentry começou a sua longa carreira artística nos anos vinte do século passado, enquanto voz principal dos Four Eton Boys, um quarteto incluía teatro, circo e música nos seus espectáculos e que marcou presença em palcos da Broadway até Hollywood.

    Em 1948, estreou-se em disco e, até 72, gravou mais de vinte discos, de 78 e 45 rotações, para marcas como Caravan, Hi-Tone, Onyx ou A-Bet.

    Registado nos Fame Studios, em Muscle Shoals , para a A-Bet – “This is my chance” – foi a sua derradeira gravação, ficou arquivada durante vinte e cinco anos, até ter sido incluída numa recolha da Kent, em 97, e é, para mim, o seu mais genial momento.

    Uma verdadeira obra-prima Sweet Soul, com uma produção, uns arranjos e uma interpretação imaculados, que não se percebe porque é que não foi imediatamente lançada e que felizmente, acabou por ser prensada em sete-polegadas, em 2017, pela Kent Select.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    10 janeiro 2022 – 14 janeiro 2022

    Quinta-feira

    Maxx Traxx

    Don't touch it

    Pulse

    Steve Robinson, Terry Marshall, Laurence Dawson, Lee Gatlin, Marvin Sparks, Richie Davis e Malcolm Banks juntaram-se em Chicago, na viragem dos anos 70 para os 80.

    Da união surgiram dois projectos de culto da cena Disco Funk da Windy City: Maxx Traxx e Third Rail, banda que apenas não incluía o baterista Malcolm Banks.

    Entre 82 e 83, gravaram dois singles e um Lp, como Maxx Traxx, para a Pulse, e um álbum, enquanto Third rail, para Two Twenty Two, deixando-nos um número apreciável de clássicos incontornáveis.

    “Don’t touch it” faz parte do alinhamento de “Maxx Traxx”, o ultra-raro longa-duração do grupo, foi prensado num cobiçado sete-polegadas e será o maior desses hinos.

    Uma imensa canção Boogie, que se transformou num Graal da cena especializada e que, felizmente, foi incluída no primeiro volume de “The Real Soul of Chicago”, recolha de Mark Grusane e de Mike Cole, para a B.B.E., editada em 2009.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    10 janeiro 2022 – 14 janeiro 2022

    Sexta-feira

    Bernadette Bascom

    I don't wanna lose your love

    Solidarity

    Filha de um reverendo, líder regional do Civil Rights Movement, doutorado em Teologia e de uma professora de música, Bernadette Bascom nasceu em Baltimore e cresceu entre a pressão paternal para estudar, que a levaria até à Florida Memorial University, e o incentivo maternal para não abdicar do seu talento, que esteve na base do seu percurso artístico, que se iniciou aos 18 anos, quando se juntou aos notáveis People’s Choice, para uma tournée por todos os Estados Unidos.

    Acabou por se apaixonar por Seattle e foi lá que se fixou, para integrar a sua pequena cena Soul e Funk, ao passar por bandas chave locais, como Robbie Hill’s Family Affair, Acapulco Gold e Epicentre.

    Depois de se casar, em 1980, com Bill Miller, então compositor residente da Motown, lançou-se numa carreira em nome próprio que, entre 81 e 85, rendeu quatro singles, todos editados pela Solidarity, independente fundada pelo casal.

    “I don’t wanna lose your love” é o primeiro desses sete-polegadas e um valiosíssimo Graal da cena Soul especializada.

    Uma tremenda canção Modern midtempo que, felizmente, foi recuperada duas vezes pela Izipho Soul: primeiro quando reeditou o single, em 2018, e, no ano passado, quando juntou, num dez-polegadas, o seus dois temas originais a um inédito e uma surpreendente gravação ao vivo, que a junta a Stevie Wonder e que, até aí, não se sabia existir.

     

    ▶️ OUVIR