• Poder Soul

    1 – 5 de Fevereiro

    1 de Fevereiro

    Brothers Gilmore

    I Feel a Song

    Bantu

    Aqui está mais um daqueles frustrantes casos de um disco sobre o qual pouco ou nada se sabe, embora até exista no Youtube uma prestação desta música dos Brothers Gilmore, ao vivo, num programa de televisão local chamado The Scene.

    Sabemos que a banda é composta por dois irmãos, que terão trabalhado com os New Birth e os Fantastic Four, que são de Detroit e que a Bantu, editora deste sete-polegadas, é provavelmente sua e não tem mais nenhum catálogo.

    O disco terá sido descoberto, ou pelo menos difundido, por Keb Darge, que o incluiu no segundo volume da série Soul Spectrum, que assinou para a BBE.

    “I Feel a Song” é um monstro de Disco / Modern Soul, com uma intro irresistível, um Groove capaz de contagiar qualquer pista de dança e uns arranjos à altura do melhor dos Earth, Wind & Fire, cuja edição original é extremamente cobiçada.

    [Ouvir Episódio]

  • Poder Soul

    1 – 5 de Fevereiro

    2 de Fevereiro

    Lenny McDaniel & The New Era

    Something Out of Nothing

    Seven B (1967)

    Um dos mais espantosos discos do catálogo da mítica editora de New Orleans – Seven B – “Something out of nothing” é um dos muito apetecidos frutos da ligação do génio de Eddie Bo ao selo de Joe Banashak.

    De facto, foi no curto espaço de tempo em que Bo assumiu as funções de A&R da editora, que esta conheceu a sua fase dourada, a começar pelo revolucionário “Pass the hatchet” dos fictícios Roger & The Gypsies.

    Esta gravação de um Lenny Mcdaniel de apenas 17 anos é um fabuloso e genial cruzamento Soul e Funk com laivos de Garage Rock, o que a torna num momento único na camaleónica carreira de Eddie Bo.

    O single original, reeditado recentemente pela Jazzman, na compilação The essential Seven B collection, é uma peça de enorme raridade cobiçada por Djs de áreas tão diversas como a Soul, o Funk, o Garage ou a cena Mod.

    [Ouvir Episódio]

  • Poder Soul

    1 – 5 de Fevereiro

    3 de Fevereiro

    Continental Showstoppers

    Not Too Young

    Seventy 7 (1972)

    “Not too young” é o lado B do único disco da carreira dos Continental Showstoppers e uma versão de Jackey Beavers, que tocou com a banda durante um curto período, mas não participou na sua sessão de gravação.

    Tudo o resto é um mistério.

    Aparentemente a banda é oriunda de Nashville e foi lá que gravou este sete-polegadas, editado em 1972 pela marcante editora local – Seventy 7 – senhora de um catálogo recheado de perolas Soul.

    “Not too young” faz parte da discografia essencial daquilo a que chamamos Crossover e teve, nos últimos anos, duas reedições em single, uma a Soul 7 e outra para a Outta Sight, além de constar de inúmeras compilações, tal é o seu estatuto de clássico.

    [Ouvir Episódio]

  • Poder Soul

    1 – 5 de Fevereiro

    4 de Fevereiro

    Lee Shot Williams

    Our Thing Is Through

    Shama (1969)

    Henry Lee Williams nasceu em 1938, em Lexington, no Mississippi, e passou por Detroit, entre ‘54 e ‘58, antes de se fixar em Chicago.

    Iniciou a sua carreira discográfica no início dos anos ‘60, tendo gravado para selos como Foxy, Federal, Palos, Shama, Sussex ou Jewel, entre outros.

    “Our thing is through”, editado pela Shama, em 1969, é uma musculada e contagiante canção Funk, que lhe valeu o estatuto de culto nos clubes do género, a exemplo do que acontece nas cenas Soul e Rhythm & Blues, através de outras canções essências que assinou nos mais de 30 anos em que se manteve activo.

    A edição original desta bomba é obrigatória nas malas dos mais significativos Djs de Deep Funk.

    [Ouvir Episódio]

  • Poder Soul

    1 – 5 de Fevereiro

    5 de Fevereiro

    Inell Young

    What Do You See In Her

    Libra (1972)

    Inell Young era uma das vozes femininas da fervilhante cena musical de New Orleans e uma das protegidas de Eddie Bo.

    Foi pela mão e com as canções de Bo, que gravou os três sete-polegadas que compõem a sua discografia, para as editoras locais Busy B, Big 9 e Libra, todos eles altamente significativos.

    Diz-se que fazia parte, ao lado de Mary Jane Hooper, sua melhor amiga e também protegida de Bo, das Backing Vocals dos Explosions, estando na base do hino “Hip drop”, e que era viciada em heroína, tendo morrido muito cedo com uma overdose.

    “What do you see in her” é um clássico intemporal, adoptado por Djs, tanto da cena Soul como da cena Funk, recentemente reeditado pela Soul Jazz, depois de ter sido incluído no alinhamento do primeiro volume da serie essencial de Ian Wright, Sister Funk.

    [Ouvir Episódio]