
O Som Riscado – Festival de Música e Imagem – está de regresso a Loulé, nos dias 23, 24, 25 e 26 de novembro. Como já é hábito, o Cineteatro Louletano é o epicentro do Som Riscado, mas o festival desdobrasse também pelo Auditório do Solar da Música Nova, o Palácio Gama Lobo, na sede do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé e, pela primeira vez, no bar Bafo de Baco.
O festival arranca com “oCo” – uma criação da Sonoscopia – uma instalação interativa que se materializa num dispositivo eletroacústico, com um captador e emissor de som que molda o espaço com paisagens sonoras, que convida os visitantes a criarem e a alteraram a paisagem sonora do Cineteatro Louletano.
No mesmo dia, a performance “Texturas” que cruza a música instrumental do clarinetista Rui Travasso e do percussionista Vasco Ramalho e a arte visual de Luís Marques e Pedro Alves da Veiga, recorrendo a algoritmos de Inteligência Artificial, pode ser vista no Cineteatro Louletano. Mais tarde, às 21h, há um concerto especial de :PAPERCUTZ, acompanhado por uma projeção de imagens originais filmadas em Portugal e na Islândia, um vídeo do produtor de documentários Vasco Mendes.
Na sexta-feira (24) na sede do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé, a bailarina Marta Cerqueira convida o público a desenhar, criando desenhos suspensos que mudam a cada interação, numa espécie de relação ecológica entre a instalação e quem a visita, chamada “Over our Heads”.
O dia acaba com o concerto de Holy Nothing – banda com a qual falamos em setembro a propósito do concerto no MEO Kalorama – no bar do Bafo de Baco, com entrada gratuita.
No sábado (25), o Som Riscado tem preparado “Coral”, um concerto diferente e conceptual dos The Gift, proposta que combina um coro clássico com elementos eletrónicos, unidos pela voz de Sónia Tavares, que será apresentado pela primeira vez em concerto inclusivo com Língua Gestual Portuguesa (LGP) para que pessoas surdas (que falam LGP) também possam usufruir do concerto ao vivo no Cineteatro Louletano.
Depois, é a vez de de Stereossauro, que traz na voz Ana Magalhães, para apresentarem “Tristana”, um disco sobre a perspetiva feminina que aborda a violência doméstica, a saúde mental, as oportunidades perdidas e os desgostos amorosos.
Tristana – art work de Tamara Alves
No último dia (26), a pianista e artista multidisciplinar Mariana Miguel dá um workshop no Auditório do Solar da Música Nova, onde os participantes podem explorar diferentes técnicas na composição musical coletiva. Depois da formação, Mariana Miguel dá um concerto ao piano e apresenta o seu primeiro longa-duração “Piano Oceano”, que recorre a objetos para manipular os sons dos instrumentos e a fechar o dia e o festival estarão os BandexTV, um projeto que junta música, vídeo e crítica social e que desde 2012 publica regularmente vídeos com canções originais baseadas em declarações mixadas de figuras públicas como José Sócrates, Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva ou Jorge Jesus.
Os bilhetes já estão à venda na bilheteira física e online.