O Serralves em Festa está finalmente de regresso. De 2 a 4 de junho, as cidades do Porto e de Gaia enchem-se de música, dança, cinema, projetos performativos, e outras atividades artísticas orientadas para um público mais novo, numa programação rica de 50 horas ininterruptas, que celebra a arte e a cultura contemporânea.
Na 17ª edição do Serralves em Festa, destacamos, no panorama nacional, o concerto do ícone do pop-rock português, Rui Reininho, que traz ao Porto o seu projeto experimental, começado em 2021, com Paulo Borges, que culminou no “20.000 Éguas Submarinas”, do qual participam também Alexandre Soares (Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso), Pedro Jóia, Tiago Maia, Eduardo Lála, Ruca Rebordão, Moisés Fernandes, Daniel Salomé e ainda Jacomina Kistemaker.
Pioneiros do acid house, os 808 State são outra banda que merece destaque no Serralves em Festa. A banda de Manchester é uma referência na música eletrónica britânica, tendo colaborado já com David Bowie ou Bjork e inspirado a música de Autechre ou Aphex Twin. No dia 4 de junho, os 808 State lançam-se na pista de dança mas trazem consigo companhia: Michael England, outro nome conhecido pelo seu trabalho na música eletrónica na Warp Records – editora de onde fazem parte os Boards of Canada, Squarepusher, !!! (Chk Chk Chk)… – junta-se a 808 State para animar o Porto.
Quem partilha o mesmo amor pela música eletrónica em palco é a dupla de Berlim, Mouse on Mars, inventivos e criativos. No mais recente trabalho, “AAI” (Anarchic Artificial Intelligence), levam o seu fascínio pela tecnologia a uma outra dimensão, uma vez que colaboraram com um coletivo de programadores informáticos e o percussionista de longa data Dodo NKishi para fazer a sua música, segundo um enquadramento mais filosófico e existencial.
Numa veia mais ligada ao hip-hop, os B.C.U.C (ou Bantu Continua Uhuru Consciousness) dão voz contemporânea a uma tradição indígena e vêm a sua música como uma arma de libertação política e espiritual, naquilo que promete ser uma viagem musical intrigante.
No que toca a uma atmosfera jazz, o multi-instrumentista Oren Ambarchi dedica-se ao improviso, com especial foco na guitarra elétrica e bateria e encontra-se, pela primeira vez, com o baterista e escultor sonoro João Pais Filipe.
O último nome que destacamos é o de Sarathy Korwar, músico nascido nos Estados Unidos, mas com infância passada em Ahmedabad e Chennai na Índia, onde aprendeu a tocar tabla, instrumento de percussão indiano. O seu álbum de estreia, “Day to Day”, lançado em 2016, combina a música folclórica tradicional gravado com a comunidade Sidi na Índia com jazz e eletrónica contemporânea; no segundo trabalho, de 2019, “More Arriving”, Korwar incorpora rappers de Mumbai e Nova Deli, para criar o seu próprio – e peculiar – mundo, do qual somos todos convidados a conhecer nesta nova edição do Serralves em Festa.
A programação e toda a informação completa em www.serralves.pt.
