
O MIL está de regresso em setembro e rege-se pelo habitual lema do festival lisboeta – Descobre Enquanto é Segredo. Como também já é costume, o mapa do MIL percorre vários clubes noturnos do Cais do Sodré, em Lisboa, como Musicbox, Roterdão, Estúdio Time Out, Lounge, LISA, Titanic Sur Mer e o B.Leza, que tantas vezes oferecem o seu espaço para se tornarem palco de música alternativa e emergente e em setembro são a residência-mãe do MIL. São mais de 50 concertos, palestras e conversas sobre a indústria musical hoje.
O MIL convida Ana Lua Caiano, uma revelação nacional que mistura a música popular com a eletrónica, refugiando-se em loops e cantando sobre aquilo que a preocupa no seu segundo EP Se Dançar é só Depois que tem vindo a apresentar pelo país fora, Femme Falafel – alter-ego a solo de Raquel Pimpão, pianista e cantora que toca em Fumo Ninja, Super Baile e acompanha Beatriz Pessoa no teclado – Margarida Campelo que se apresentou em nome próprio com Supermarket Joy, o seu primeiro longa-duração, April Marmara que editou Still Life, o seu segundo trabalho, em maio, João Borsch, Papillon – rapper que fazia parte do grupo GROGNation e que tem vindo a surpreender desde 2018, ano em que lançou Deepak Looper, e que apresentou Jony Driver em pleno Super Bock em Stock e os góticos portugueses Glockenwise.
Destacamos, também no panorama nacional, projetos emergentes como COBRAFUMO, o projeto punk que junta membros de bandas como Plus Ultra, Greengo e Killimanjaro para um encontro sério entre o punk e o rock, Hetta, a banda emo de Montijo que tem dado que falar, bbb hairdryer, trio lo-fi formado por Elisa, Francisco (HIFA) e Miguel Gomes (Chinaskee) que editou o ano passado Kingdom Hearts II Final Mix: pretty generic radio pop with a few fucks and edgelord lyrics.
Quem também é lo-fi e se estreia em contexto de festival é o coletivo indie lisboeta Meia/Fé – que nos dizem que, mesmo não sabendo cantar, o que importa é fazê-lo (embora Mariana Amaral e Matilde Roselló, que é como quem diz 80 TU & EU, saibam o que fazem). No mesmo espírito punk, a capital recebe 5ª Punkada, banda de rock que nasceu dentro da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, que passou já pelo palco da Vila na 30.º edição do Vodafone Paredes de Coura e pelo Luna Fest, e é prova viva de que a música é para toda a gente.
Na produção nacional juntam-se ainda ao cartaz nomes como Lucy Val, Libra, Ellah Barbosa, Ricardo Crávidá e Napa.
Do Brasil para o Cais, chega a brasileira Júlia Mestre, que se lançou a solo com Arrepiada ao mesmo tempo que empresta a voz em Bala Desejo e ainda Getúlio Abelha. Ainda no panorama musical brasileiro, há Bebé, Leo Middea, Black Pantera e Kaê Guajajara & Kandu. De Espanha chegam-nos Paco Moreno, Tristan!, LaFrancessa, Amaia Miranda, Teo Planell e Eurowitch; de França chega a electrónica pop de Jenys, o post-punk dos Société Etrange, o noise-rock electrónico de YMNK, a electrónica exótica de Cuarto Mundo, e ainda Paper Tapes, Hanaa Ouassim e Widad Mjama feat. Khalil Epi.
O MIL recebe ainda William Araújo, cantor caboverdiano que conta já com uma longa carreira a solo, tendo feito parte dos Mobass, célebre banda cabo-verdiana e produzido artistas como Nelson Freitas ou Sara Tavares, e ainda Johnny Labelle (Grécia), Jessica Winter (Inglaterra), Shoko Igarashi (Bélgica), Don Kapot (Bélgica), Gaiko (Bélgica), Body of Pain (República Checa), Tex (Noruega), Krissy Mary (Noruega), Badtime (Países Baixos), Comforter2 (Países Baixos) e Dina Jashari (Macedónia).
Além da música, o MIL é conhecido pela sua Convenção – uma espécie de ponto de encontro dos profissionais da indústria da música e do setor cultural e um espaço para o diálogo aberto entre vários festivais europeus. Toda a informação completa sobre o cartaz e a convenção do MIL em millisboa.com.