Fogo-Fátuo estreia-se nas salas de cinema portuguesas no dia 29 de setembro, com o apoio da Antena 3.

2069, ano talvez erótico — logo veremos — mas fatídico para um rei sem coroa. No seu leito de morte, uma canção antiga fá-lo rememorar árvores, um pinhal ardido e o tempo em que o desejo de ser bombeiro, para libertar Portugal do flagelo dos incêndios, foi também o despontar de outro desejo. Então príncipe, Alfredo encontra Afonso. Com diferentes origens e diferentes cores de pele, encontram-se, socorrem-se, e o léxico do abuso fica farrusco de desejo. Mas a exposição pública e as suas expectativas interpõem-se, e Alfredo abraça um outro estado de prontidão para uma realidade improvável.

Fogo-Fátuo é uma pequena “fantasia musical”, cheia de humor e homoerotismo, com Mauro Costa e André Cabral nos principais papéis, Margarida Vila-Nova, Miguel Loureiro, Teresa Madruga, Ana Bustorff, Anabela Moreira, Joana Barrios e ainda Joel Branco, João Reis Moreira, Oceano Cruz, Paulo Bragança e o Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras.

O novo filme do realizador João Pedro Rodrigues (O Ornitólogo, Morrer Como Um Homem, Odete, O Fantasma) foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e, já neste mês, foi o filme de abertura do Queer Lisboa.