
O festival A Porta está de regresso e volta a agregar a música, a criação colaborativa e a ativação de espaços e memórias comuns através da cultura. A sexta edição do evento decorre nos nos três primeiros fins-de-semana de julho (dias 2, 3, 4, 9, 10, 11, 16, 17 e 18), com o apoio da Antena 3. Desta vez, o festival confina-se à Vila Portela, em Leiria, em vez de andar pelas ruas da cidade, mas mantém as mesmas vontades de quando andava pelas ruas. A Marta Rocha foi visitar o festival no primeiro fim de semana, e foi perceber como é que se cumpre “A Porta” neste novo formato.
Confirmados no programa musical d’A Porta 2021, estão a harpista Angélica Salvi, a cantautora Ariana Casellas, a colaboração inédita entre Dada Garbeck e Ricardo Martins, a experimentalista vocal Ece Canlı, o projeto Herlander, o violinista Samuel Martins Coelho e os coletivos Sensible Soccers, Sunflowers e Yakuza — um programa composto por bandas portuguesas a tocar em palcos integrados com as paisagens e o património do concelho, diversificando não só a oferta cultural e a singularidade dos eventos, mas também a articulação entre património natural e cultural.
Confirmado está também um ciclo de cinema documental composto por três filmes do cineasta Pedro Neves, documentarista e jornalista freelancer conhecido pelo seu trabalho na representação de histórias ligadas a comunidades e por uma obra marcada por questões sociais e políticas prementes.
Tendo como ponto central a Villa Portela — espaço localizado no coração da cidade, datado do final do século XIX e com mais de 17 mil m² de espaço verde —, A Porta 2021 propõe-se lançar um diálogo aberto com a população local com vista a um programa específico dedicado à ativação de um novo pensamento urbano e imaginário coletivo. Até ao final de julho, o festival está a recolher, junto da comunidade leiriense, recordações e ideias para o futuro deste icónico espaço. A recolha serve como base de trabalho para um ciclo de residências artísticas, com intervenções de diferentes formatos a serem instaladas no espaço durante o festival. O objetivo é o de criar uma visita orientada às potencialidades da Villa Portela e desvendar possíveis novos caminhos e relações com o espaço.
Para além da música, das sessões de cinema e da criação artística, A Porta 2021 integra ainda conversas e um programa para famílias. A organização anunciará mais detalhes do alinhamento nas próximas semanas.