Ainda gatinhava, mal falava, e já subia a uma cadeira para cantarolar. Aos 12 anos começou a tocar em festas e casamentos. Aos 17 gravou o primeiro álbum. Já ultrapassou 2 cancros e voltou a casar, agora com o primeiro namorado que teve na adolescência. O seu nome é Rebeca e está olhos nos olhos com Tânia Ribas de Oliveira

Rebeca na realidade chama-se Cláudia Sofia. O nome artístico haveria de ser sugerido pela cantora Ágata. A nossa convidada nasceu a 6 de Abril de 1979, nas Caldas da Rainha. Cidade onde cresceu e onde continua a viver. Filha de Helena e de Joaquim, tem uma irmã mais nova, a Vanessa, que faz parte do grupo de bailarinas de Rebeca. O Pai, que também é músico, acompanha-a para todo o lado. É o seu manager, apesar de o progenitor dizer que não gosta nada dessa palavra, que é simplesmente “Pai”.

Depois de ter começado a cantar e tocar aos 12 anos, ter feito o conservatório de música, ter dado aulas de piano e canto, Rebeca tornou-se na artista que é hoje. 

Segundo a sua biografia ainda gatinhava e Rebeca já gostava de subir para uma cadeira, o melhor palco que arranjava, e cantar. Mesmo que não se percebesse a letra, a melodia já deliciava quem a ouvia. 

Na escola, era sempre a escolhida para interpretar nas festinhas aquelas cantigas que todos cantavam como as “Pombinhas da Cat’rina” e do “Atirei o pau ao gato”. 

Aos 11 anos recebeu o primeiro órgão, onde passava horas e horas a deliciar os amigos e rapidamente começou a ser solicitada para festas de todo o tipo.  Ingressou no curso de órgão no Instituto Vitorino Matono, e continuou a encantar em casamentos, aniversários e nas mais variadas festas. 

Começou a levar tão a sério estas coisas das canções, que ingressou no Conservatório durante quatro anos e aprendeu piano… e ainda Formação Musical e tirou o Curso de Técnica Vocal 

Um dia um amigo ouviu-a e disse-lhe que estava na hora de ter a sua oportunidade! A Editora Espacial abriu-lhe as portas e foi aí que conheceu Ricardo Landum que fez a magia das letras e das músicas, o público começou a crescer e os fãs também. Não esquecer também o papel de Ágata, que acarinhou Rebeca desde o início, e é considerada a sua madrinha artística. 

Hoje entre espetáculos e a vida agitada, Rebeca tem tempo para os seus alunos, a quem ensina com paixão música e canto. Já gravou vários discos, deu muitas voltas ao país e viajou por todos os cantos do mundo onde existem portugueses.  

O pai é quem a acompanha para todo o lado e é o seu manager. O filho Robim, com 16 anos, demonstrou desde sempre dom para a música, acompanha-a a tocar guitarra neste último single. 

Cresceu no seio de uma família unida e que sempre a apoiou. 

Passar por um cancro… duas vezes 

O filho tinha apenas dois anos de idade quando Rebeca foi confrontada com o primeiro diagnóstico de cancro na tiroíde. Foi um embate muito duro. Ultrapassada a doença, a cantora esteve 8 anos sem nenhum sobressalto.

Contudo em 2017, surgiu um novo diagnóstico e uma luta ainda mais difícil contra um novo tumor, desta vez na mama. A agressividade da doença, fez temer o pior.  Foi uma luta tão complicada que a cantora esteve “seis meses fechada em casa”. Só quando decidiu partilhar com o país a doença, é que Rebeca conseguiu ultrapassar a depressão em que já estava mergulhada. Numa entrevista à revista Flash referiu: achei que estava a ser ainda mais infeliz. Com cancros, as quimioterapias, radioterapias e não poder fazer aquilo que eu mais amo que é cantar, estava a ficar com uma depressão. Decidi dar a cara e mostrar aquilo que eu era e a fazer os meus concertos”, recordou. 

A história de amor de Rebeca  

Receba está casada com Élio, uma história de amor que começou ainda na adolescência da cantora. Rebeca conheceu Élio com apenas 15 anos nos casamentos onde cantava. Élio, de 21, trabalhava nas cerimónias a servir às mesas e como barman. “Consegui encantá-la, sim. Encontrávamo-nos durante a semana“, afirma o companheiro, notando que o relacionamento durou dois meses. 

No entanto, este decidiu terminá-lo uma vez que a diferença de idades entre os dois era bastante expressiva. “Lembro-me que chorei horrores. Tive um desgosto horrível”, lembra Rebeca, revelando que mesmo depois disto os dois ainda se viam no trabalho. 

“Depois arrependi-me mais tarde, claro”, sublinhou Élio. Quis o destino que os dois se voltassem a encontrar e que esta paixão renascesse. Só depois de já ambos se terem divorciado é que voltaram a juntar-se. Ambos deram o nó, em 2020. 

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